5 coisas que fazem o carro gastar mais e você acha que poupam combustível
Práticas comuns e muitas vezes até recomendadas podem ser verdadeiras vilãs para os motoristas que querem poupar.
Todo mundo sabe que as práticas adotadas pelo motorista influenciam diretamente no consumo de combustível e podem fazer muita diferença no bolso. O que alguns não sabem é que atitudes comuns e muitas vezes recomendadas por supostos especialistas podem estar elevando o gasto de muita gente.
Além de fazer o condutor gastar mais para encher o tanque, simples comportamentos têm o poder de reduzir a vida útil de componentes importantes do automóvel, aumentando os prejuízos. Os erros vão desde “técnicas” de direção, como circular com o motor sempre frio, até hábitos como calibrar os pneus quentes.
Se você quer economizar combustível e garantir uma boa vida útil para os componentes do seu carro, conheça 5 erros que fazem o veículo gastar mais.
1. Usar o câmbio em ponto-morto
Dirigir na “banguela”, técnica que consiste em colocar o câmbio em neutro ou ponto-morto durante uma descida, não ajuda a economizar e ainda aumenta o gasto. Além disso, a ação compromete a segurança no trânsito, já que os freios podem superaquecer e perder sua eficiência.
“O sistema de injeção é calibrado na fábrica para entrar em modo de baixo consumo assim que você tira o pé do acelerador, com o veículo engrenado. Isso faz com que o motor receba apenas a quantidade necessária de combustível para mantê-lo girando”, detalha o engenheiro Edson Orikassa.
2. Calibrar pneus quentes
A calibragem dos pneus é imprescindível para poupar, já que cada 3 psi de pressão abaixo da especificação indicada aumenta o consumo em 2%, segundo a Continental. A fabricante estima que um motorista que roda 30 mil km com o componente descalibrado perde cerca de 55 litros de combustível.
No entanto, calibrar o carro com os pneus quentes é uma péssima decisão. Como o ar aquecido se expande, a pressão aplicada tende a ficar abaixo do recomendado, o que exige mais energia do veículo e aumenta o desgaste prematuro dos pneus.
As montadoras recomendam que a calibragem seja realizada com o veículo parado há pelo menos uma hora ou após rodar menos de 3 km em velocidade baixa.
3. Escolher o posto mais barato
Embora preço baixo não seja sinônimo de combustível adulterado, escolher um posto simplesmente porque o preço está mais barato pode não ser uma boa ideia. O ideal é desconfiar de valores muito abaixo da média e dar preferência a estabelecimentos de marcas conhecidas.
A gasolina ou etanol adulterados podem comprometer a saúde do sistema do motor, seja aumentando a corrosão de itens ou formando depósitos no interior do propulsor. Com isso, o carro perde no desempenho e no consumo.
4. Desligar o ar-condicionado na estrada
O ar-condicionado pode elevar em até 20% o gasto com combustível, mas isso muda na estrada. Deixar os vidros abertos e o equipamento desligado para poupar não é benefício, já que turbulência de ar que entra na cabine demanda mais esforço do motor, o que aumenta o consumo. Nessa situação específica, é melhor manter a climatização ligada e os vidros fechados.
5. Dirigir sempre com o motor frio
Circular pouco com o carro não é garantir de menos gastos, uma vez que o motor precisa atingir determinada temperatura para estar em condições ideais de funcionamento e lubrificação. Quem usa o carro diariamente para trajetos curtos nunca atinge essa temperatura, o que acelera o desgaste e aumenta o consumo de combustível.
“Dirigir durante menos de 15 minutos nem esquenta o óleo do motor, impossibilitando a lubrificação adequada. Tem carro com baixa quilometragem que apresenta mais desgaste na comparação com um exemplar mais rodado, que no entanto funciona a maior parte do tempo na temperatura ideal”, explica Erwin Franieck, da SAE Brasil.