Um pouco de malandragem: 5 carros que usaram ‘truques’ para burlar leis
Classificação em outra categoria, redução na potência e remoção de itens estão entre as estratégias usadas pelas montadoras.
Uma característica quase intrínseca dos brasileiros é a malandragem. Alguns consideram a palavra ofensiva e entendem que as práticas para driblar as regras são negativas, mas outros assumem o espírito de improvisar para sair bem de uma situação adversa.
No mercado automotivo não é nada diferente. Para contornar certas leis e pagar menos impostos, algumas fabricantes adotaram estratégias um tanto criativas que vão desde mudança de classificação até redução da potência.
Além disso, embora estejamos apontando a malandragem como um dom do povo do Brasil, essa prática também foi registrada em outros países. Conheça 5 carros que passaram por algum truque para burlar leis.
VW Gol GTS e Ford Escort XR3
Ambos os esportivos possuem potência declarada de 99 cv em suas respectivas fichas técnicas. Na época do lançamento do Gol GTS, carros com mais de 100 cv pagavam mais impostos, e por isso a montadora declarou que o motor AP 1.8 a álcool rendia 99 cv.
A mesmíssima estratégia foi adotada pelo Ford Escort XR3, que segundo as más línguas, na verdade, tem 110 cv de potência.
Fiat Tempra 16v
Ainda falando de potência real acima da declarada, o automóvel motor 2.0 16v desenvolvia mais de 127 cv em 1993, marca considerada limite para pagar um IPI menor. Mesmo gerando quase 140 cv, a montadora afirmou que o carro fazia 127 cv para reduzir os tributos.
GMC 3500 HD
O nome genérico do carro foi mais uma tentativa da GM de pagar menos impostos. A Chevrolet Silverado na época não pesava 3.500 kg, mas cerca de 3.300 kg. Para tentar vender a picape como caminhão, a fabricante “se virou” para fazer a caminhonete superar a marca, apostando até no nome.
VW Brasília
O carro criado para suceder o fusca é um hatch lançado nos anos 1970, quando as regras estabeleciam uma cobrança menor de impostos para as peruas. Como a Brasília parecia uma Variant menor, a Volkswagen classificou o carro como perua e conseguiu reduzir sua carga tributária.
Suzuki Jimny furgão
As fabricantes também utilizam algumas artimanhas fora do Brasil. Na Europa, a marca precisou lançar uma versão comercial de seu jipinho para se adequar à lei antipoluição de 2020. O motor 1.5 não entrava mais nos limites, então a solução foi remover os bancos traseiros, inserir grades e anunciar o Jimny como furgão.