Musk alerta: carros chineses vão ‘engolir’ concorrência se não houver taxação
Rivais globais serão demolidas por montadoras chinesas se não houver barreiras comerciais, diz o CEO da Tesla.
As montadoras chinesas irão “demolir” duas concorrentes caso não sejam criadas barreiras comerciais, declarou o CEO da Tesla, Elon Musk. Segundo o empresário, a gigante norte-americana de veículos elétricos tem enfrentado muita pressão de marcas como a BYD nos mercados onde atua.
As declarações surgem após a marca da China, que oferece modelos mais baratos e conta com o apoio do bilionário Warren Buffett, superar a Tesla como campeã de vendas de veículos elétricos no mundo no último trimestre de 2023.
Na última quarta-feira (31), durante uma teleconferência pós-lucros com analistas, Musk afirmou que “as montadoras chinesas são as mais competitivas” e “terão um sucesso significativo fora da China, dependendo do tipo de tarifas ou barreiras comerciais estabelecidas”.
“Se não forem estabelecidas barreiras comerciais, elas irão praticamente demolir a maioria das outras empresas automobilísticas do mundo”, disse. “Eles são extremamente bons”, completou.
Os comentários chegaram ao Ministério das Relações Exteriores da China, que questionado sobre o assunto, afirmou que não conhece os relatórios, mas é a favor da “manutenção de um ambiente de negócios justo, equitativo e aberto”.
Preocupação tem justificativa
O CEO da Tesla está longe de não ter motivos para preocupar. No ano passado, ele mesmo iniciou uma guerra de preços para atrair consumidores, o que reduziu as margens da empresa e deixou investidores em estado de alerta. Porém, segundo Musk, a marca está atingindo “o limite natural de redução de custos”.
Nos planos da fabricante está a produção de um crossover compacto mais barato, a princípio chamado de “Redwood”, em meados de 2025. O novo EV deve competir com os modelos mais baratos das rivais, que são excelentes em controlar custos e criar uma cadeia de abastecimento estável.
Enquanto isso, as chinesas avançam rapidamente e se expandem com eficiência pelo exterior após anos de subsídios estatais. Sua desvantagem é o pouco conhecimento de marca nos Estados Unidos, além da mediana confiabilidade, durabilidade e segurança.