Elétricos abaixo dos R$ 100 mil: será que os carros 'normais' estão com os dias contados?

O Taos, veículo convencional da Volkswagen, teve uma redução de R$ 6.200 em seu modelo de entrada, e isso pode ter relação com os carros elétricos. O que pode parecer estranho a princípio, pode ser fácil de explicar.

Afinal de contas, os preços dos carros elétricos começam a cair gradativamente no cenário nacional. Isso ocorre até mesmo em razão dos incentivos fiscais oferecidos pelo poder público, o que os torna mais atrativos.

Já existe uma expectativa dos consumidores de que o valor dos carros convencionais seja reduzido, de modo que possam continuar concorrendo com os veículos movidos a bateria.

Carros elétricos contam com grandes descontos

Desde o ano de 2023, com o aumento do volume de carros elétricos chineses no Brasil, os preços caíram. Em alguns casos, os descontos chegaram a R$ 50 mil em determinados modelos.

Até por conta disso, algumas montadoras de veículos convencionais já começaram a se preocupar. A tarefa é continuar mantendo seus carros atrativos para os consumidores.

No caso do Taos, trata-se de um veículo totalmente convencional, mas é um SUV que visa concorrer com híbridos chineses, como o GWMHaval H6 e o BYD Song Plus. Inclusive, os consumidores já sonham com uma queda no preço desses modelos de carro.

Por enquanto, os descontos nos preços dos carros elétricos e híbridos são mais voltados aos de pequeno porte. E, em um mercado onde o SUV é um dos preferidos, espera-se também uma queda nos valores dos mesmos.

De todo modo, com essa competição entre os carros convencionais e os carros elétricos e híbridos, quem ganha é o consumidor. Essa maior concorrência, naturalmente, vai gerar a redução nos preços dos veículos.

Por outro lado, as montadoras temem a perda da margem de lucro com a redução dos preços dos convencionais. No entanto, pelo visto, isso é uma tendência irreversível no mercado.

Resultado de investimento pesado

Ainda na questão da queda dos preços dos carros elétricos, isso é um reflexo do trabalho e do investimento feito no mercado chinês. Nos últimos 10 anos, o país asiático investiu pesado em novas tecnologias híbridas e elétricas.

Com isso, já conseguiu, principalmente do ano passado para cá, baratear os carros. Então, o que se espera nos próximos tempos é uma aproximação também do público de classe média para o consumo dessa nova tendência.

Os carros elétricos ainda são proibitivos para a maioria das pessoas. E, com essa corrida por preços melhores, os valores vão ficar mais acessíveis para um público cada vez maior.