Greve? Motoristas de apps marcam paralisação nacional contra regulamentação
Movimento nacional visa dar destaque às preocupações dos trabalhadores a respeito do projeto de regulamentação do governo federal.
Os motoristas de aplicativos de transporte, como Uber e 99, anunciaram a realização de uma paralisação nacional no dia 26 de março. O movimento é organizado pela Fembrapp (Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos) e visa dar destaque às preocupações da categoria em relação ao projeto de regulamentação apresentado pelo governo federal.
A proposta, que já foi enviada ao Congresso, tem gerado polêmica porque pode reduzir os ganhos e a flexibilidade do trabalho por aplicativo. Os trabalhadores se preocupam com a criação de tarifas mínimas, limites de horas de trabalho e outras regras sobre licenças e registros.
Motoristas de todas as principais cidades do país devem aderir ao movimento. A Fembrapp (Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil) divulgou um comunicado no qual fala sobre a importância da mobilização e da necessidade de diálogo com o governo para encontrar soluções para a categoria.
A entidade também pede que os trabalhadores realizem o protesto de forma pacífica e organizada.
Manifestação na Esplanada
Nesta quarta-feira (13), os motoristas de aplicativos realizaram outra manifestação contra o projeto de regulamentação, desta vez em frente ao Congresso Nacional. O protesto, iniciado às 7h, pede a derrubada do caráter de urgência do PLP 12/2024.
Cerca de 500 motoristas são esperados pelos organizadores, que planejam ocupar as vias da Esplanada.
Esperamos sinceramente que nossos deputados e senadores ouçam a voz das ruas nesses atos e movimentos, repudiando, assim como nós, este PLP, bem como que outra regulamentação vinda dos motoristas por aplicativos seja construída, privilegiando-os, trazendo dignidade e respeito”, disse o presidente da Fembrapp, Paulo Xavier.
Wallison Rodrigues, motorista de aplicativo há 8 anos, criticou a proposta apresentada pelo governo. “Essa regulamentação foi elaborada pelo aplicativo de mobilidade, pelo sindicato que não nos representa, pelo Ministério do Trabalho e pelo governo”, afirmou.
“Não podemos deixar da forma que está. Eu concordo que haja uma regulamentação, mas uma que ouça os motoristas de aplicativo”, completou.