Bandeira branca x bomba branca – qual a diferença? Entenda de uma vez por todas
Apesar das similaridades entre os termos, eles carregam significados diferentes e um deles se tornou prática proibida. Venha entender estas diferenças!
Existem dois termos no universo dos postos de combustíveis que podem gerar confusão entre os motoristas: bandeira branca e bomba branca.
Os dois não são sinônimos e é preciso estar atento aos seus significados, visto que a prática de um deles chegou até a ser proibida.
Bandeira Branca
Os postos bandeira branca operam de forma legal e independente, não se vinculando a grandes distribuidoras como BR, Shell ou Ale.
Essa independência permite que negociem diretamente com refinarias e fornecedores, buscando o melhor preço e qualidade para o etanol e derivados de petróleo.
É importante esclarecer o mito de que a bandeira branca implica em combustível sem qualidade. A adulteração pode ocorrer em qualquer posto, independentemente da bandeira.
Bomba Branca
A “bomba branca” é uma modalidade que permitia a venda de combustíveis de diferentes marcas em um mesmo posto.
Assim, era possível que um posto filiado a uma bandeira conhecida tivesse uma bomba que recebia combustível de outra refinaria ou distribuidora. Isso era autorizado desde que a bomba fosse devidamente caracterizada; contudo, nem sempre isso ocorria, e por essa, entre outras razões, a prática foi proibida.
Por que a bomba branca foi proibida?
Uma decisão judicial de Ação Civil Pública, em trâmite na 1ª Vara Federal e Cível de Uberlândia (MG), determinou o fim da bomba branca no fim do ano passado.
No dia 31 de janeiro de 2024, por meio do Ofício nº 14, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) ampliou em âmbito nacional a proibição dela.
Essa decisão se deu por diversos motivos, especialmente por ter dado margem à ilegalidade dentro dos postos de combustíveis.
Além da falta de transparência e sinalização ao cliente – uma vez que nem sempre era possível identificar a bomba branca e a origem do combustível -, a prática contribuia para a distorção de mercado, competição desleal e facilitação da venda de combustíveis adulterados ou de baixa qualidade.