A placa de trânsito que nem todo mundo sabe o que significa, mas deveria

Triângulo com ponto preto no meio aparece em alguns locais, mas raramente é reconhecido.

À primeira vista, o triângulo branco com borda vermelha e um ponto preto no centro parece um enigma perdido entre as placas de trânsito. Muitos motoristas passam por ele sem entender seu real significado, e poucos imaginam o peso que esse símbolo carrega.

Por trás do design simples, está um alerta sobre um dos maiores desafios da segurança viária.

O sinal marca locais com alto índice de acidentes ou fatalidades. Ele surgiu na Europa em 1955 e, desde então, tornou-se um aviso internacional para redobrar a atenção.

Apesar de seu reconhecimento global, a placa não faz parte da sinalização oficial brasileira, o que ajuda a explicar a confusão entre os condutores.

Mesmo fora do padrão nacional, ela aparece em trechos críticos de algumas rodovias, geralmente instaladas por concessionárias ou projetos experimentais de segurança. Entender seu significado é mais do que uma curiosidade: é uma forma de transformar surpresa em prevenção.

Imagem: Wikimedia Commons

O que o símbolo comunica

O pictograma destaca setores da via com histórico de acidentes acima do normal. Assim, ele solicita atenção redobrada, velocidade menor e maior distância em relação ao veículo à frente.

O sinal recomenda evitar ultrapassagens, sobretudo em condições adversas, quando a leitura da pista se torna menos previsível.

Em diversos países, a placa recebe o nome de Accident Black Spot, expressão que equivale a “ponto negro de acidentes”. Autoridades mapeiam segmentos críticos a partir de relatórios oficiais e, consequentemente, usam a marca para orientar condutores e priorizar ações de segurança nos locais mais problemáticos.

Onde aparece e onde não aparece

No Reino Unido, especialmente na Escócia e na Inglaterra, bem como na Irlanda, essa sinalização integra a gestão da segurança rodoviária. Já no Brasil, ela não existe no manual oficial.

Ainda assim, o conceito circula mundialmente e possui variações em partes da Europa e da Ásia.

Embora cada país adote formatos próprios, a ideia permanece a mesma: concentrar esforços nos pontos que mais ferem. Portanto, especialistas tratam esses segmentos como prioridade, pois neles pequenas falhas geram consequências maiores e demandam respostas rápidas, do planejamento à fiscalização cotidiana.

Programas e medidas associadas

Em países da União Europeia, programas específicos visam à redução de acidentes nesses pontos negros. Para isso, órgãos promovem monitoramento contínuo, ações educativas e ajustes no traçado das vias, além de implantarem reforço de sinalização, barreiras de segurança, iluminação adicional e faixas de alerta.

Equivalentes no Brasil

O marco inicial ocorreu no Reino Unido, em 1955, quando autoridades lançaram uma campanha nacional de segurança viária e passaram a sinalizar pontos críticos. Desde então, versões adaptadas se espalharam, sobretudo pela Europa e pela Ásia.

No Brasil, trechos perigosos são sinalizados, sobretudo, pelas Placas de Advertência. Elas alertam sobre condições potencialmente arriscadas na via ou em suas proximidades, incluindo locais com alta incidência de acidentes.

Esses avisos orientam o condutor a fazer escolhas prudentes antes de curvas, cruzamentos, acessos e obstáculos.

Como agir ao identificar o ponto

Se você se deparar com o triângulo branco de borda vermelha e ponto preto, ajuste o comportamento imediatamente. Reduza a velocidade, aumente a distância de segurança e evite ultrapassagens. Além disso, mantenha foco permanente no entorno e antecipe manobras.

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