A verdade sobre motos no corredor que você precisa conhecer
Tráfego de motos entre carros continua liberado no Brasil, mas levanta questões sobre segurança e legislação.
A movimentação de motociclistas entre os veículos em vias urbanas desperta discussões intensas e divide opiniões quando o assunto é mobilidade. Enquanto essa prática facilita o deslocamento e desafoga o trânsito, há preocupações com a segurança dos pilotos. O assunto, que envolve legislação e comportamento no trânsito, é complexo.
O termo “corredor” não descreve corretamente a área onde as motos trafegam. Na verdade, é um espaço entre faixas de rolamento, que muitos motociclistas utilizam. Embora os riscos sejam reais, a legislação brasileira não proíbe essa prática, trazendo controvérsias.
Legislação e mobilidade
Desde a implementação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1998, não há restrições específicas sobre a circulação de motos entre carros. Em abril de 2021, a proposta de proibição foi vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. O veto argumenta que tal restrição limitaria a mobilidade dos motociclistas.
Apesar da permissão legal, especialistas aconselham cautela aos motociclistas que optam por transitar entre veículos. Manter a velocidade abaixo do limite da via é crucial para reduzir riscos e facilitar manobras de emergência. O comportamento seguro é essencial para todos os usuários do trânsito.
O uso excessivo da buzina no trânsito pode resultar em multas. O artigo 227 do CTB considera essa prática uma infração leve. Somando-se a isso, o artigo 192 exige distância de segurança entre veículos, mas não define a medida exata. Isso gera dificuldade na fiscalização.
Desafios na fiscalização
A falta de uma definição clara sobre a distância de segurança entre veículos complica a fiscalização. Sem parâmetros exatos, agentes de trânsito enfrentam dificuldades para monitorar e aplicar a lei durante o tráfego. Isso mantém a circulação de motos entre carros em uma zona cinzenta da legislação.
A circulação de motos entre carros segue sendo um tema polêmico. Embora permitida, a prática demanda atenção redobrada dos pilotos por questões de segurança. Enquanto o debate entre mobilidade e segurança continua, a regulamentação precisa evoluir para atender a todos de forma equilibrada.