Além dos chips, montadoras correm risco de escassez de magnésio

O medo de um desabastecimento ameaça a indústria automotiva. Dos 50 produtores de magnésio, 35 fecharão suas portas até o final do ano.

É sempre a mesma história: desde a liberação dos confinamentos e a súbita recuperação global, as grandes empresas não conseguiram atender à demanda. Quer se trate de remessas globais, fundições de semicondutores ou fabricantes de vários materiais.

A saturação está acontecendo em muitos setores. Mas o que mais preocupa é a energia na China. O país tem tido que aumentar as paradas de produção em muitas regiões, a ponto, às vezes, de apagar semáforos, conforme relatam nossos colegas do South China Morning Post.

Se essas paralisações de produção são bastante tradicionais com a aproximação do inverno de cada ano, são excepcionais por sua escala e pelo fato de que agora afetam indivíduos. Diante dessa enorme tensão, a China decidiu reduzir ainda mais drasticamente a produção. E a começar pelo magnésio, elemento essencial para a posterior produção do alumínio, muito utilizado pela indústria automotiva. Dos 50 produtores de magnésio, 35 fecharão suas portas até o final do ano.

A consequência direta é que o preço da tonelada de magnésio aumentou de 2.000 para 10.000 dólares. O preço chega a até 14.000 dólares em certas áreas da Europa e dos Estados Unidos onde ainda há estoque.

Obviamente, o medo de um desabastecimento ameaça a indústria automotiva, já bastante atingida pela de semicondutores. Tudo isso ilustra mais uma vez a forte dependência da Europa da China, que detém 90% da produção mundial de magnésio.

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