Alternar entre gasolina e etanol: afinal, vale a pena?

Fabricantes explicam a recomendação de alternar combustíveis em motores flex após 10 mil quilômetros rodados com etanol.

Desde 2003, quando o Volkswagen Gol 1.6 foi lançado como o primeiro carro flex, muitos motoristas questionam a necessidade de alternar entre gasolina e etanol.

Apesar dos mitos, a escolha de combustível é versátil, graças ao gerenciamento eletrônico dos veículos. Nos últimos anos, algumas montadoras passaram a sugerir o uso de gasolina após o veículo ter rodado 10 mil quilômetros com etanol.

Essa prática, embora não seja universal, visa preservar o desempenho e a limpeza do sistema de combustível. Entenda quais marcas aderiram a essa recomendação e o porquê dessa prática.

Marcas recomendadas e práticas de alternância

Foto: Shutterstock

  • Toyota e inovações no Corolla

O Toyota Corolla, entre 2008 e 2014, foi pioneiro na recomendação de intercalar gasolina com etanol. No manual do veículo, a prática é indicada para preservar o sistema de combustível.

Curiosamente, as edições mais modernas do Corolla, utilizando injeção direta, não seguem essa orientação.

  • Volkswagen e seus modelos TSI

Os modelos turbinados da Volkswagen, como Polo e Virtus, possuem essa recomendação. Com motores 1.0 170 TSI, 200 TSI e 1.4 250 TSI, a montadora reforça a importância de usar gasolina para evitar problemas de desempenho decorrentes de resíduos do etanol.

  • Stellantis e a linha Firefly

Dentro do grupo Stellantis, destaca-se a recomendação para motores turbo, como o Turbo 200 e Turbo 270. Modelos da Fiat, Peugeot e Citroën seguem essa prática, assegurando a limpeza dos bicos injetores ao alternarem combustíveis.

  • Chevrolet e suas atualizações

A Chevrolet, desde 2025, inclui a prática de alternância de combustível em modelos como Tracker e Montana, equipados com injeção direta. Entretanto, modelos anteriores, sem essa tecnologia, não possuem tal recomendação.

A ausência de recomendação em outras montadoras

Enquanto algumas marcas adotaram a prática, Hyundai, Honda, Renault e a nova geração da Toyota não fizeram a mesma recomendação.

Esses fabricantes, embora ofereçam motores com injeção direta, não incluem orientações de alternância em seus manuais.

Por que alternar combustíveis?

O etanol é mais limpo em termos de emissões, mas pode deixar resíduos nos bicos injetores. Usar gasolina periodicamente ajuda a limpar esses resíduos, assegurando a eficiência do motor.

Para complementar, recomenda-se o uso de aditivos detergentes, garantindo uma limpeza eficaz.

Assim, a prática de alternar combustíveis em motores flex não é obrigatória, mas pode ser benéfica para manter o sistema de injeção em boas condições.

A escolha por seguir essas recomendações depende do motorista e das orientações específicas de cada montadora.

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