Bomba branca está de volta para causar prejuízo nos postos de combustíveis

Na hora de abastecer seu veículo, preste muita atenção na bomba escolhida.

Uma das grandes recomendações de especialistas aos motoristas é sempre abastecer em um posto de combustível de confiança. Munido dessa informação, o condutor mais consciente procura estabelecimentos de marcas como Shell, Ipiranga e Petrobras para adquirir o produto com mais tranquilidade.

Mal sabe ele que a escolha da bomba também pode influenciar na qualidade do produto adquirido, tudo isso com a permissão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Bomba branca e os riscos envolvidos

A chamada bomba branca é uma coluna de abastecimento que não fornece o mesmo combustível da marca do posto. Isso significa que existe permissão para o fornecimento de produtos de outras distribuidoras, que não são da mesma bandeira utilizada pelo estabelecimento.

A prática é autorizada pela ANP em postos bandeirados como forma de estimular a concorrência, mas segue algumas regras, como a necessidade de identificação da diferença para o condutor. O problema é que esse cartaz, ou seja lá qual for o método usado para informar, muitas vezes passa despercebido pelo motorista.

A maioria escolhe a bandeira do posto justamente para garantir que está abastecendo o veículo com combustível de qualidade, mas parar na bomba errada pode acabar com as garantias que alguém acredita ter.

Isso não significa que o combustível vendido na bomba branca seja necessariamente inferior ao disponível nas bombas. No entanto, isso também não quer dizer que ele possua a mesma qualidade.

Cabe lembrar que algumas distribuidoras possuem contratos de exclusividade com determinadas marcas, mas isso não garante que o dono do posto respeitará essa parceria e venderá apenas o combustível da empresa parceira. Afinal, a ANP autoriza a prática da bomba branca.

Decisão judicial

A 1ª Vara Federal e Cível de Uberlândia (MG) aprovou, em 2023, o fim das bombas brancas nos estabelecimentos da região. Poucos meses depois, a ANP publicou um ofício ampliando a decisão nacionalmente, mas retrocedeu algumas semanas depois e voltou a permitir a venda de combustíveis de outras distribuidoras em postos bandeirados.

Atualmente, a proibição vale apenas para 14 municípios do Triângulo Mineiro, onde prevalece a decisão da Justiça regional. Nas demais cidades do Brasil, a prática continua sendo autorizada.

Portanto, na hora de abastecer o seu veículo, fique atento à bomba escolhida, mesmo se parar em um posto com uma bandeira famosa. Se necessário, procure por eventuais identificações da distribuidora e pergunte ao frentista se a bomba branca existe naquele estabelecimento.

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