Bugatti é oficialmente associada com o fabricante croata Rimac

Poucos meses após a confirmação do projeto, a joint venture Bugatti-Rimac foi oficialmente lançada no dia 1º de novembro. As duas montadoras estão, assim, iniciando de novo, em momentos completamente diferentes de sua história.

Nascida há mais de 110 anos, a Bugatti está garantindo seu futuro em uma indústria automobilística totalmente virada de cabeça para baixo pela eletrificação. Fundada há apenas 12 anos, a Rimac, especialista em carros superesportivos com motor elétrico, vai entrar numa nova dimensão.

Especialmente porque o fabricante croata é a maioria neste novo conjunto. A joint venture é controlada em 55% pela Rimac e 45% pela Porsche AG, o que levou a Bugatti na operação. É também através da Porsche que a Rimac entra em jogo, já que a alemã ficou com 10% das ações da Rimac em 2018. Hoje detém 24%.

É Mate Rimac, fundador da marca de mesmo nome, quem vai assumir o comando deste novo casal. Stephan Winkelmann, portanto, deixa seu lugar à frente da Bugatti, mas ele ainda mantém a responsabilidade pela Lamborghini, o que não é pouca coisa. O casamento é acompanhado por outros movimentos no organograma, por exemplo com a chegada de Emilio Scervo como CTO. Ele foi recrutado da McLaren, um concorrente direto!

A sede da Bugatti-Rimac será baseada na Croácia. Mas as duas partes continuarão operando como marcas independentes, mantendo seus respectivos locais de produção. Assim, o Bugatti será sempre feito na França, com produção artesanal nas oficinas de Molsheim. Não há ameaça ao trabalho tricolor.

No entanto, a formalização do casamento ainda não foi acompanhada do anúncio de projetos conjuntos. Com certeza, graças à Rimac, a Bugatti poderá lançar um hipercarro 100% elétrico até o final da década. Mas, por enquanto, a marca está focada na produção do Chiron e seus derivados, equipado com uma unidade a gasolina W16. Bugatti acaba de anunciar que há apenas 40 Chiron disponíveis para encomenda dos 500 planejados.