Mito ou verdade: carregar o celular por indução no carro pode estragar o aparelho?

Tecnologia é uma boa opção para quem está sem o cabo. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para proteger o aparelho.

Os carros mais tecnológicos já saem de fábrica com o carregamento sem fio, por indução magnética. O equipamento é utilizado para alimentar a bateria de um celular sem a necessidade de conectar o aparelho via cabo. A funcionalidade gera um campo magnético oscilante que provoca o movimento dos elétrons. Por sua vez, eles geram corrente e alimentam a bateria do smartphone.

Hoje, modelos como, por exemplo, o Fiat Fastback, Ford Ranger, Hyundai HB20 e Peugeot 208 já vêm com o acessório instalado. Para carregar o celular, basta posicionar o aparelho sobre a base e o carro faz todo o serviço sozinho.

Riscos de danos

Apesar de ser uma tecnologia que facilita demais o dia a dia de quem vive no trânsito, é necessário ter alguns cuidados básicos. Eles, além de otimizar o carregamento sem fio, também vão preservar o aparelho. Para garantir esses benefícios, basta remover a capinha do telefone antes de posicioná-lo sobre a base.

Isso é necessário porque o processo de recarga, seja ele com ou sem fio, gera calor e a capinha do aparelho acaba por reter temperatura, que pode ser prejudicial ao aparelho.

A Apple, por exemplo, adverte que temperaturas altas podem comprometer de forma permanente a vida útil da bateria do iPhone. Igualmente, a Samsung também alerta aos seus usuários que o calor pode não fazer bem para os seus telefones.

O problema, inclusive, pode ir além. Isso porque a combinação entre o carregamento por indução com o uso de sistemas de conectividade, como Android Auto e Apple CarPlay podem amplificar o problema. O risco é maior já que o uso constante do processador do telefone para o envio de dados também gera muito calor.

Soluções das montadoras

Em uma tentativa de resolver o problema, a Fiat optou por uma solução simples para amenizar a temperatura elevada dos telefones. No Fastback há uma saída de ar direcionada para a base de carregamento. Assim, o telefone recebe ventilação enquanto carrega, ajudando a dissipar a temperatura.

O mesmo recurso também está presente em automóveis como o Toro e Pulse Abarth, assim como no Jeep Renegade, Compass, Commander e Ram Rampage.

Interferência

Se, ainda assim, o usuário optar pelo carregamento do celular com a capinha, é preciso saber que a proteção pode atrapalhar o procedimento. Em suma, dependendo do material e espessura da capinha, o carregamento poderá ser menos eficaz, uma vez que ela pode atuar como isolante magnético.

Portanto, antes de colocar o smartphone na base de carregamento por indução, retire a capinha. É a melhor forma de otimizar a carga e evitar problemas maiores.

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