Carro não tem pulmão e não respira, mas ele pode dar ‘pane’ em altitudes elevadas
Carros não turbinados podem perder potência a cada 1.000 metros de altitude devido à redução de oxigênio atmosférico. Entenda!
Em altitudes elevadas, veículos enfrentam desafios semelhantes aos dos seres humanos: a redução de oxigênio. Motoristas podem perceber uma diminuição na potência do carro, o que pode gerar preocupações desnecessárias e visitas inoportunas a oficinas mecânicas.
A quantidade de oxigênio na atmosfera é crucial para o desempenho de motores de combustão interna. Em locais mais altos, a densidade do ar diminui, afetando diretamente carros que não possuem turbocompressores, pois dependem de uma adequada mistura de ar e combustível.
Ao subir uma montanha de 1.000 metros de altitude, partindo do nível do mar, um carro não turbinado pode perder até 10% de sua potência. Essa é uma questão relevante para veículos que utilizam combustíveis como gasolina, etanol ou diesel.
Impacto da altitude no desempenho dos veículos
Foto: iStock
Para explicar a perda de potência, considera-se que a cada 100 metros de elevação, um carro não turbinado perde cerca de 1% de desempenho. Portanto, quanto maior a altitude, menor a quantidade de oxigênio disponível para a combustão no motor.
Carros equipados com motores a turbocompressor possuem uma vantagem notável em altitudes elevadas. O turbo injeta ar pressurizado no motor, compensando a baixa densidade do ar e mantendo o desempenho do veículo praticamente inalterado.
Entendendo o fenômeno
Para aqueles que conduzem veículos não turbinados, é essencial saber que a perda de potência nas altitudes é normal e não indica falha mecânica. Não há necessidade de procurar assistência técnica ao perceber essa variação na performance.
- Perda de até 10% da potência a 1.000 metros de altitude.
- Motor a turbocompressor compensa a menor densidade do ar.
- Maior disponibilidade de oxigênio em altitudes mais baixas melhora a performance.
Com isso em mente, ao descer para regiões de menor altitude, os motoristas podem observar um aumento na potência do veículo, um fenômeno contrário ao experimentado durante a subida. Essa mudança é simplesmente o resultado da maior oferta de oxigênio em altitudes mais baixas e não requer preocupação adicional.