CNH 2026 mudou: 5 substâncias que agora podem te reprovar no toxicológico
Novas regras para a obtenção da CNH no Brasil incluem exame toxicológico e a possibilidade de redução de custos em até 80%.
O processo para obter a primeira habilitação no Brasil acaba de passar por uma das mudanças mais profundas das últimas décadas.
Após o Congresso Nacional derrubar vetos presidenciais em dezembro, novas regras entram em vigor e alteram diretamente a vida de quem pretende tirar a CNH nas categorias A e B, destinadas a motos e carros.
A principal novidade é a obrigatoriedade do exame toxicológico, etapa que até então era exigida apenas de motoristas profissionais.
A medida marca uma mudança significativa na política de trânsito e reacende debates sobre segurança viária, custos e acesso à habilitação.
Exame toxicológico na primeira habilitação: o que muda em 2026?

Foto: Shutterstock
A partir de 2026, candidatos à CNH A ou B deverão apresentar o exame toxicológico antes mesmo de iniciar as aulas práticas de direção.
O teste possui uma janela de detecção de até 90 dias, capaz de identificar o uso recorrente de substâncias ilícitas ao longo dos últimos meses.
O custo médio do exame varia entre R$ 130 e R$ 180, dependendo do laboratório credenciado e da região do país. O objetivo é reforçar a prevenção de acidentes, identificando o uso contínuo de drogas que afetam os reflexos, o julgamento e o tempo de reação.
O exame detecta cinco classes principais de substâncias proibidas.
- Anfetaminas, incluindo “rebites”, ecstasy (MDMA) e metanfetaminas;
- Cocaína e derivados, como o crack;
- Canabinoides, incluindo maconha e seus derivados;
- Opiáceos, como morfina, codeína e heroína;
- Mazindol, substância comum em inibidores de apetite.
CNH pode ficar muito mais barata em 2026
Apesar da inclusão do exame toxicológico, o custo total para tirar a Carteira Nacional de Habilitação tende a cair de forma expressiva.
As flexibilizações aprovadas pelo governo federal prometem reduzir em até 80% o valor final da CNH, especialmente para quem opta por caminhos alternativos ao modelo tradicional.
Entre as principais mudanças estão:
- Fim da obrigatoriedade exclusiva das autoescolas para aulas teóricas e práticas;
- Conteúdo teórico gratuito e online, disponível em aplicativo oficial do governo;
- Redução drástica da carga horária mínima de direção, de 20 para apenas 2 horas obrigatórias;
- Possibilidade de contratar instrutores credenciados independentes;
- Autorização para realizar aulas práticas com veículo próprio, desde que dentro das regras.
Essas medidas ampliam o acesso à habilitação, especialmente para jovens e trabalhadores de baixa renda.
Programa Bom Condutor traz benefício inédito
Para quem já possui CNH, outra novidade chama a atenção. O Programa Bom Condutor vai premiar motoristas responsáveis com a renovação automática e gratuita da CNH, desde que não tenham registrado infrações ou pontos nos últimos 12 meses.
O programa incentiva o uso da CNH digital, eliminando a taxa de impressão para quem optar exclusivamente pelo formato eletrônico. A iniciativa reduz custos, moderniza o sistema e valoriza comportamentos seguros no trânsito.
Um novo modelo de habilitação no Brasil
As mudanças que entram em vigor a partir de 2026 redesenham completamente o modelo da primeira habilitação no Brasil. De um lado, há maior rigor com a exigência do exame toxicológico; de outro, um sistema mais acessível, digital e econômico.
O desafio agora será equilibrar segurança no trânsito, inclusão social e fiscalização eficiente, garantindo que as novas regras cumpram seu papel sem criar barreiras desnecessárias para quem sonha em dirigir legalmente.