Combustíveis nas alturas! Encher o tanque ficou até 15% mais caro em 2024

Alta nos preços da gasolina e do etanol afeta motoristas brasileiros, enquanto o diesel se mantém relativamente estável.

O ano de 2024 chega ao fim trazendo aos motoristas brasileiros a preocupante notícia do aumento no preço dos combustíveis. As pesquisas recentes indicam que os condutores estão pagando bem mais agora do que no início do ano para encher o tanque.

O Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, em colaboração com a Fipe, revelou que a gasolina comum registrou um aumento acumulado de 8,3% ao longo do ano. Essa alta é sentida tanto no bolso dos consumidores quanto nas decisões de abastecimento de veículos flex.

Aumento nos preços ao longo do ano

Em novembro, o preço médio do litro de gasolina no Brasil atingiu R$ 6,194, representando um incremento de 7,6% em relação ao ano anterior.

O etanol, por sua vez, teve uma alta ainda mais significativa, de 15,1% no acumulado do ano e 13,1% nos últimos doze meses. O preço médio do biocombustível em novembro foi de R$ 4,124 por litro, afetando motoristas em diversas regiões do país.

Já o diesel, especialmente o S-10, apresentou uma variação de preço mais contida. Entre outubro e novembro, a alta foi de apenas 0,5%, com um aumento acumulado de 1,0% em 2024.

No comparativo anual, o preço do produto caiu 1,9%, sendo comercializado a R$ 6,158 por litro em novembro. Essa estabilidade é crucial, dado o impacto do diesel nos custos de frete e, por conseguinte, na inflação.

Paridade entre etanol e gasolina

A relação entre os preços do etanol e da gasolina exerce grande influência sobre as decisões de motoristas de veículos flex.

Em novembro, o etanol custava 70,2% do valor da gasolina, sugerindo uma boa paridade entre os combustíveis. No entanto, essa proporcionalidade varia regionalmente.

Enquanto no Ceará, Maranhão e Pará, a gasolina é mais vantajosa, em São Paulo e Mato Grosso, o etanol se mostra mais econômico.

Impacto na renda das famílias

O levantamento da Veloe também destaca o impacto dos combustíveis na renda dos brasileiros. No terceiro trimestre de 2024, 6,4% da renda domiciliar foi destinada ao abastecimento de veículos, considerando um tanque de 55 litros com gasolina comum.

Apesar do aumento nos preços, a proporção da renda voltada para o combustível permaneceu estável em relação ao ano anterior, possivelmente devido à expansão da renda familiar.

Com as constantes variações, os motoristas devem avaliar cuidadosamente suas opções de abastecimento, considerando tanto os custos imediatos quanto os impactos de longo prazo em suas finanças. A análise das condições de mercado e das tendências regionais pode ser crucial para minimizar os efeitos das flutuações.

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