Defasagem no preço dos combustíveis preocupa Petrobras; o reajuste vem aí?

Técnicos da petroleira sinalizam a necessidade de reajuste do preço da gasolina caso a cotação do petróleo continue em alta.

Os técnicos da Petrobras estão preocupados com a defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. A área técnica da empresa já indicou que um reajuste na gasolina será necessário a curto prazo se as cotações do petróleo e do dólar continuarem em alta.

Segundo informações de um membro do alto escalão da estatal, o reajuste deverá ser discutido nos próximos dias. Contudo, ele considera que a possibilidade de aprovação é nula. O principal motivo é a crise gerada pelos questionamentos sobre a permanência de Jean Paul Prates no comando da empresa, o que gera uma falta de ambiente político.

Não haverá aumento algum por ora, disse a fonte.

Caso um eventual aumento fosse anunciado agora, o desgaste do CEO com setores do governo ficaria ainda maior. Prates enfrenta críticas e chegou a ter sua demissão praticamente confirmada na última semana, embora o Planalto não tenha comunicado nenhuma decisão.

Defasagem de até 19%

A mesma fonte afirmou ao jornal O Globo que o preço da gasolina comercializada pela Petrobras está entre 15% e 19% abaixo do valor registrado no mercado internacional há cinco semanas consecutivas. O diesel segue relativamente estável, por isso, a preocupação é menor.

O barril do petróleo tipo Brent, que iniciou o ano de 2024 na faixa de US$ 75, atualmente está em US$ 90 devido aos riscos geopolíticos. O último corte no preço da gasolina vendida pela Petrobras ocorreu em 21 de outubro de 2023, quando o litro do produto passou de R$ 2,93 para R$ 2,81. No caso do diesel, a redução mais recente foi em 27 de dezembro, de R$ 4,05 para R$ 3,78.

Vale lembrar que a política PPI (Preço de Paridade de Importação) foi adotada pela estatal durante as gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), mas foi suspensa no início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, a empresa não repassa os aumentos imediatamente quando o barril de petróleo tem altas expressivas.

*Com informações do jornal O Globo.

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