Como saber se o combustível do posto é adulterado? Peça estes testes

Se você está desconfiado em relação ao combustível que coloca no seu carro, saiba que é possível descobrir se a gasolina ou etanol estão adulterados ou conforme a lei.

Segundo resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o consumidor tem o direito de exigir o teste dos produtos e dos bicos antes de abastecer seu carro. A associação que atua no combate ao comércio irregular e às fraudes no segmento dos combustíveis, o Instituto Combustível Legal (ICL), revelou quais são as avaliações que podem ser requeridas pelo motorista desconfiado.

Teste 1: teste de proveta

O primeiro teste para saber se um combustível é autêntico ou foi adulterado é o visual. Tanto o diesel, quanto a gasolina e o etanol não podem estar turvos ou conter impurezas.

Se houver essa suspeita, a recomendação é pedir o teste da proveta, capaz de indicar o percentual de etanol anidro na gasolina. O recomendado é de até 27% na comum e 25% na premium, com variações de até 1% para mais ou para menos.

Para realizar o teste, o funcionário do posto deve misturar em uma proveta (daí que vem o nome) 50 ml de gasolina e 50 ml de uma solução com água e sal. Feito isso, a mistura deve ficar em repouso por 15 minutos para que a leitura do recipiente seja feita na sequência.

Durante a análise, o volume da água irá aumentar; porém, ele não pode ultrapassar 64 ml. Se isso acontecer, a gasolina pode estar adulterada, seja com excesso de etanol ou alguma outra substância.

Fiscalização é necessária para descobrir irregularidades em combustíveis. (Foto: Reprodução)

Teste 2: observe o termodensímetro

Fixado às bombas de etanol está o termodensímetro, responsável por exibir o teor alcoólico do combustível vegetal. Quando o combustível é original, ele pode variar entre 92,5% e 95,4% no caso do etanol comum. Já no etanol premium, essa taxa deve situar-se entre 95,5% e 97,7%.

Para ter certeza de que está comprando um produto de qualidade, fique de olho no nível indicado pela linha vermelha. Ela deve estar no centro do densímetro. Se estiver acima da linha do etanol, há algo de errado.

Termodensímetro (Foto: Reprodução/ANP)

Teste 3: densímetro

Por último, temos o teste do densímetro, aparelho de vidro calibrado capaz de mostrar o valor correto para a massa do combustível a 20 °C. Para este tipo de medição, será preciso uma proveta de um litro, termômetro de imersão total e uma tabela de conversão das densidades.

Funciona assim: ao mergulhar o densímetro no líquido, ele afundará até deslocar um volume de fluido com peso igual ao dele. Para aferir o resultado, basta notar se a superfície do líquido indica um determinado ponto na escala, ou seja, se sua densidade é compatível com a do combustível da bomba. Se não for, é bom desconfiar.

Caso os funcionários se recusem a fazer os testes em caso de suspeita de irregularidade, é possível denunciar o estabelecimento por meio do site do ICL.