Corolla com asas? Toyota já se aventurou no ramo da aviação com monomotor
Montadora japonesa conhecida pela qualidade dos seus veículos já desenvolveu um monomotor de asa baixa.
Os carros da Toyota são sinônimos de qualidade, confiabilidade e tradição, fama que faz do Corolla o sedã mais vendido do Brasil há anos. Longe do chão firme das ruas e estradas, poucos sabem que a marca japonesa já teve sua aventura pelo mundo da aviação.
A gigante japonesa já considerou a ideia de desenvolver e fabricar uma aeronave em série, projeto que começou na década de 90 e prosseguiu até o início dos anos 2000. O resultado da empreitada foi o protótipo do TAA-1, um pequeno monomotor fabricado em material composto.
Monomotor da Toyota
Imagem: Reprodução
O projeto seguiu conceitos de construção semelhantes ao sistema Toyota de produção, conhecido por sua eficiência. A montagem e os testes ficaram sob responsabilidade da Scaled Composites, do grande projetista Burt Rutan.
Após testes com um motor V8 do sedã LS400 da Lexus de 1991, a montadora percebeu que o resultado não era satisfatório e decidiu contratar engenheiros da Raytheon e da Boeing para aprimorar o projeto.
Em 2002, na feira Oshkosh, Rutan afirmou que o avião da Toyota copiaria características de manuseio do setor automobilístico, podendo ser definido como uma espécie de Corolla com asas. O plano era contar com o auxílio da divisão de vendas do setor automotivo da marca para reduzir os custos de produção.
A aeronave foi equipada com um motor Lycoming IO-360 de 180 hp e tinha capacidade para até quatro ocupantes. Apesar de ter sido pouco comentado na época, o TAA-1 realizou seu primeiro voo no dia 31 de maio de 2002, no Aeroporto de Mojave, na Califórnia.
Durante a crise financeira de 2008, após muitas negociações fracassadas para criar uma joint venture com algum fabricante de aeronaves, a Toyota decidiu abandonar o projeto do monomotor. Os contratos foram cancelados, e alguns anos depois, em 2011, a agência de aviação civil dos Estados Unidos cancelou a matrícula do modelo.
Hoje, 18 anos após sua primeira investida no setor, a marca japonesa está flertando novamente com a aviação e investiu quase US$ 400 milhões na Joby Aviation. A startup desenvolve um eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical), veículo popularmente chamado de “carro voador”.