De novo? Toyota e Honda são acusadas de falsificar testes de segurança e emissões

Outras três fabricantes são investigadas pelo governo do Japão por possíveis irregularidades e têm entregas suspensas.

Um novo escândalo de fraude que abalou a indústria japonesa de veículos tem como personagens principais grandes montadoras, como Toyota, Honda, Mazda, Suzuki e Yamaha. As empresas são investigadas por possíveis irregularidades nos testes necessários para a certificação de diversos modelos, incluindo os de segurança.

A acusação é mais uma mancha na história da Toyota, que já enfrentou outros processos por fraudes praticadas por ela e suas subsidiárias. O governo japonês determinou que a empresa suspenda a entrega de três modelos, mesma medida imposta às demais marcas acusadas de fraudar relatórios de certificação.

É extremamente lamentável que novos atos fraudulentos tenham surgido, uma vez que atos fraudulentos em aplicações de designação de tipo minam a confiança dos usuários e abalam os próprios alicerces do sistema de certificação automóvel”, informou o Ministério do Transporte do Japão, em declaração enviada à imprensa.

Modelos sob investigação

O ministério afirmou que cinco montadoras tiveram que suspender as entregas de veículos, mas as informações divulgadas pelas envolvidas mostram que somente Toyota e Mazda continuam produzindo os modelos sob investigação. A primeira montadora paralisou as entregas do Yaris Cross, Corolla Fielder e Corolla Axio, enquanto a Mazda interrompeu a fabricação do Roadster/MX-5 e do Mazda2.

Já a lista de veículos fora de produção tem a Honda no topo com mais de 20 modelos repletos de irregularidades, incluindo divergências na potência do motor e emissão de ruídos. Boa parte dos modelos foi vendida apenas no Japão, mas a relação inclui nomes como Fit, HR-V, Accord e CR-V.

Na Toyota, os suspeitos são Crown, Isis, Sienna e Lexus RX. Apenas o último carro foi vendido por aqui, e a acusação recai sobre sua geração anterior.

O novo escândalo é resultado de uma operação geral na qual o governo japonês determinou que 85 fabricantes realizassem apurações internas sobre possíveis fraudes, o que resultou no caso recente das cinco montadoras. Outras 68 marcas afirmaram não ter encontrado nenhum problema e as restantes seguem investigando.

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