De quem é o crime? Motorista dorme ao volante e Tesla foge da polícia sozinho

Discussões sobre o piloto automático ganham força com novo caso de motorista indiciado por direção perigosa.

As discussões sobre o uso da tecnologia de piloto automático em carros ganharam um novo capítulo com um caso recente registrado na Suécia. O motorista de um Tesla Model X foi indiciado por direção perigosa após ser flagrado com o veículo a mais de 40 km/h. O problema é: ele estava tirando uma soneca.

A situação ocorreu em uma rodovia que liga Suécia e Finlândia. Um segundo motorista achou estranho o Tesla utilizar uma faixa exclusiva para ultrapassagens quando não havia outros veículos à sua frente, então decidiu contornar o carro. Ao perceber que o condutor estava dormindo, resolveu avisar a polícia.

O homem que “dirigia” o Model X não acordou quando os policiais chegaram, mesmo com o barulho e as luzes das sirenes. As autoridades tiveram que perseguir o carro por mais 26 km até que ele finalmente despertasse e, assustado, girasse o volante para a direita. A reação quase provocou um acidente com a viatura.

Segundo o jornal sueco Vibilagare, o motorista parou no acostamento para encontrar-se com as autoridades. A publicação afirma que ele não era o dono do Tesla, mas sim um entregador que transportava o veículo para o proprietário, o qual alega ter dormido mal e estar estressado com o excesso de trabalho.

Piloto automático

O caso reacendeu os debates sobre o sistema Autopilot, presente nos carros da Tesla, que permite a condução de forma autônoma, mas não monitora o estado de atenção do condutor. A tecnologia já causou diversos acidentes envolvendo veículos da marca.

A ocorrência na Suécia indica que o piloto automático funcionou como deveria, mas isso nem sempre acontece. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres dos EUA, em pelo menos 16 acidentes registrados em 2022, o Tesla teria desativado o sistema antes da colisão.

O órgão alerta que o mau funcionamento do piloto automático, combinado ao comportamento excessivo de um condutor em situação de risco, eleva potencialmente as chances de um acidente grave. A agência acredita que os condutores não estão aptos a assumir a responsabilidade em um intervalo de tempo tão curto.

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