Desvantagem CRÍTICA ainda impede popularização de carros elétricos

Indústria corre atrás para tentar derrubar os empecilhos ao segmento, mas alguns problemas ainda existem.

A tecnologia do momento no mundo automotivo é o carro elétrico, que, assim como qualquer novidade, precisa lidar com muitos desafios em seu caminho. A indústria vem tentando superar essas barreiras por meio do desenvolvimento de novas tecnologias e do investimento em infraestrutura, mas nem tudo é perfeito.

O problema da recarga é uma das maiores preocupações dos compradores, mas tem se resolvido aos poucos com a instalação de novos postos de carregamento rápido e a disponibilização de carregadores particulares, algumas vezes oferecidos como brinde pelas marcas.

A bateria também vem deixando de ser uma dificuldade devido à queda nos custos do componente e à criação de produtos cada vez mais duráveis. No entanto, embora alguns desafios já estejam a caminho de serem solucionados, a revenda ainda é uma “pedra no sapato” para o carro elétrico.

Carros elétrico têm desvalorização acelerada

Foto: Shutterstock

Pesquisas recentes apontam que um veículo elétrico desvaloriza entre 20% e 30% após o primeiro ano de uso e entre 50% e 60% depois de três anos. Esse número pode variar de acordo com a marca, o modelo e a situação do mercado. A desvalorização é bem superior à de um modelo a combustão.

Em 2023, o modelo que mais perdeu valor no Brasil foi o Chevrolet Tracker, que depreciou 19,08%. Esse processo de depreciação mais acentuado reflete as incertezas sobre a durabilidade e os custos de manutenção dos modelos elétricos, o que é natural, já que eles ainda são uma novidade.

A necessidade de substituição da bateria após o término da garantia é uma grande preocupação devido ao alto preço do componente, apesar dos avanços nesse sentido.

O segmento ainda pode se tornar viável e popular no mercado brasileiro com o investimento necessário; contudo, a situação geral atual é de desconfiança.

Processo de revenda de um elétrico

A revenda de um carro elétrico é bastante similar à de um modelo a combustão, com exceção de algumas particularidades. A negociação, por exemplo, pode ser mais complexa porque envolve a avaliação da saúde da bateria, além de pontos comuns para qualquer veículo, como o histórico de manutenção.

Como de costume, a venda pode ocorrer por meio de concessionárias, plataformas online específicas ou marketplaces. É recomendável que o vendedor faça uma limpeza profunda e pequenos reparos antes de anunciar o automóvel aos potenciais compradores e ofereça a possibilidade de testes de direção.

As etapas são basicamente as mesmas seguidas para vender um carro a combustão, exceto pelo fato de que a saúde da bateria conta muito. A vida útil do componente varia de 8 a 15 anos, ou cerca de 150 mil a 200 mil km, com queda de capacidade mais significativa a partir desse limite.

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