Entenda por que os roubos e furtos de carros estão em alta (e podem aumentar ainda mais)

Especialistas advertem que a situação pode piorar devido ao vínculo direto entre esses crimes e o mercado ilegal de peças automotivas.

Nos últimos meses, observa-se um crescimento nos índices de roubos e furtos de veículos em diversas regiões do país. Essa tendência preocupa as autoridades de segurança pública e também desperta a apreensão dos cidadãos, que veem seus bens sendo alvo da criminalidade.

Segundo dados do anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve um aumento de 8% nos crimes contra o patrimônio envolvendo veículos motorizados no ano de 2022.

Atualmente, a sensação de insegurança continua presente, especialmente nas grandes metrópoles. Em São Paulo, por exemplo, os furtos e roubos de veículos registraram um crescimento de 8,2% em 2023, segundo um levantamento realizado pela empresa de rastreamento Ituran, com base em dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

No estado do Rio de Janeiro, o Instituto de Segurança Pública (ISP) revelou que a cidade de Petrópolis testemunhou um aumento de 24% no roubo de veículos. No primeiro semestre de 2023, foram registrados 41 casos, em comparação com os 33 casos no mesmo período do ano de 2022.

Especialistas alertam que essa situação pode ficar ainda pior nos próximos meses e anos, porque esses crimes estão diretamente ligados à venda ilegal de peças de carros.

Recentemente, foi noticiado que, em apenas quatro minutos, um Hyundai Creta teve sua central multimídia furtada em uma rua de São Paulo. Isso mostra como os criminosos estão se atualizando e se tornando mais rápidos em seus crimes.

Antes era mais difícil para os bandidos roubarem carros modernos, mas agora eles têm tecnologia para isso. Os criminosos conseguem fazer cópias das chaves eletrônicas e dos sistemas dos carros, o que facilita muito o roubo.

E o pior é que muitas vezes esses crimes ficam impunes, porque dificilmente a polícia consegue identificar os criminosos.

As peças roubadas acabam sendo direcionadas para um mercado ilegal de veículos furtados. As pessoas que adquirem essas peças estão, inadvertidamente, contribuindo para a perpetuação desse ciclo criminoso. Mesmo que não tenham conhecimento da origem ilícita da peça, o ato de compra se configura como um delito.

Para evitar envolvimento em atividades ilegais, é necessário sempre solicitar a nota fiscal ao adquirir qualquer peça de veículo.

A posse desse documento é uma garantia de que a peça foi adquirida de maneira legítima. Além disso, é fundamental estar atento a certos sinais de alerta, como preços baixos ou a ausência de documentação adequada. Peças para a segurança do veículo, como freios e airbags, jamais devem ser reutilizadas, pois colocam em risco a vida dos ocupantes do veículo.

Enquanto a polícia trabalha para reduzir os índices de criminalidade e combater o comércio ilegal de peças automotivas, cada um de nós também pode desempenhar um papel importante. Ficar atento e denunciar qualquer atividade suspeita são medidas simples, porém cruciais, para contribuir com a segurança da comunidade.

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