Essa função do seu carro promete economia, mas será que vale a pena?
Veja se função vale o investimento ou é só mais uma ferramenta que ninguém usa.
Com o avanço das tecnologias automotivas e o constante aumento no preço dos combustíveis no Brasil, soluções que prometem economia de combustível ganharam destaque entre consumidores e montadoras. Um dos sistemas mais comentados nesse cenário é o start-stop, cada vez mais presente em veículos modernos.
Projetado para reduzir o consumo de combustível e diminuir as emissões de poluentes, o sistema start-stop atua de forma automatizada, desligando o motor em paradas breves, como em semáforos ou congestionamentos, e religando-o assim que o motorista retoma o movimento.
Mas será que esse recurso realmente compensa? E qual o impacto no custo de manutenção do veículo a longo prazo?
Como funciona o sistema start-stop?
O sistema start-stop foi criado para atuar principalmente no trânsito urbano, onde o veículo é frequentemente submetido a paradas curtas.
Nesses momentos, o motor é desligado automaticamente e, ao pisar na embreagem ou soltar o freio (dependendo do tipo de transmissão), o sistema religa o motor de forma quase instantânea.
Essa tecnologia busca otimizar o uso do combustível, reduzindo o tempo em que o motor permanece ligado sem necessidade, como ocorre quando o carro está parado no semáforo ou em congestionamentos.
Função start-stop (Foto: iStock)
Economia real: quanto o start-stop poupa no consumo?
Estudos e testes práticos indicam que a economia de combustível gerada pelo start-stop varia de 5% a 10%, dependendo do tipo de condução e da intensidade do tráfego urbano. Em trajetos com muitas paradas, essa economia pode ser relevante ao longo do tempo.
No entanto, quando comparados aos custos adicionais de manutenção, essa economia pode se tornar menos atrativa — especialmente em veículos de entrada ou com motores menores.
A conta que nem sempre fecha: os custos invisíveis do start-stop
Embora o sistema pareça vantajoso em termos ambientais e econômicos, ele exige componentes mais caros e robustos, como baterias especiais de alta durabilidade e alternadores reforçados. Esses itens são essenciais para suportar os ciclos constantes de liga e desliga, que geram maior desgaste mecânico e elétrico.
👉 Atenção para os principais custos associados ao start-stop:
- Baterias mais caras, em que a substituição pode custar até 5 vezes mais do que uma bateria convencional;
- Desgaste precoce das velas, do motor de arranque e de componentes elétricos;
- Manutenção mais frequente, especialmente em trajetos urbanos curtos e com tráfego intenso.
7 desvantagens do sistema start-stop que você precisa conhecer
Antes de considerar um veículo com essa tecnologia, é importante pesar os prós e contras com base no seu perfil de uso. Veja os principais pontos negativos do sistema start-stop:
- Desgaste acelerado da bateria e motor de arranque;
- Custo elevado na substituição de componentes;
- Desconforto em paradas frequentes, devido à religação constante do motor;
- Redução temporária do desempenho do ar-condicionado, já que ele pode parar junto com o motor;
- Baixa eficiência em trajetos longos ou em estradas, onde há poucas paradas;
- Sensibilidade ao clima, com possível falha em temperaturas extremas;
- Desempenho prejudicado em veículos esportivos ou com exigência de resposta imediata do motor.
Vale a pena investir em um carro com start-stop?
A escolha por um veículo com tecnologia start-stop deve ser feita com cautela. Se você circula majoritariamente em áreas urbanas, com tráfego intenso, a economia de combustível pode justificar o investimento.
No entanto, para quem roda mais em estradas ou precisa de baixo custo de manutenção, o sistema pode representar mais gastos do que vantagens reais.
Portanto, antes de comprar um carro com essa tecnologia, analise seu padrão de uso, verifique os custos de reposição de peças e avalie se a economia no posto de combustível realmente compensa no longo prazo.