Etanol e biodiesel: quais os novos percentuais após o aumento na mistura de combustíveis?
Brasil intensifica uso de biocombustíveis com nova política, visando autossuficiência e sustentabilidade energética.
O governo brasileiro aprovou o aumento da proporção de etanol e biodiesel nos combustíveis, visando um impacto significativo na economia e no meio ambiente.
O anúncio foi feito após reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), realizada em 25 de junho de 2025. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião, que definiu a implementação das novas misturas a partir de 1º de agosto.
A medida é parte do projeto Combustível do Futuro, aprovado pelo Congresso em 2024, e visa diminuir a dependência de combustíveis fósseis e fortalecer a produção interna.
Aumento nas misturas dos combustíveis
O percentual de etanol presente na mistura obrigatória da gasolina subirá de 27% para 30%, enquanto o de biodiesel no diesel passará de 14% para 15%. Pietro Mendes, secretário de Petróleo e Gás, destacou que a nova política poderá resultar em uma redução de até R$ 0,11 por litro na gasolina.
Essa mudança, além de promover o uso de combustíveis renováveis, busca reduzir a necessidade de importações em tempos de instabilidade no mercado global de energia.
Além disso, o ministro Alexandre Silveira mencionou que o Brasil poderá tornar-se autossuficiente em gasolina novamente, gerando um excedente exportável de 700 milhões de litros anuais.
“Com este ato histórico, voltaremos a ser autossuficientes em gasolina após 15 anos e reduziremos a necessidade de importação de diesel. Isso é soberania energética”, disse.
Benefícios ambientais e econômicos
O presidente Lula reafirmou que, com a nova medida, o Brasil pode expandir sua produção agrícola e de biocombustíveis sem desmatamento. O país pode aumentar sua produção agrícola em 50% utilizando apenas 5% mais terras, graças a avanços tecnológicos, tornando-se um líder global em biocombustíveis.
“Essa política de biocombustíveis é um modelo com o qual ninguém vai conseguir competir com o Brasil”, declarou.
O governo estima que a implementação dessas medidas resultará em significativos investimentos financeiros e aumento de empregos, fortalecendo a economia e a infraestrutura do setor energético brasileiro.
Com a transição para E30, o Planalto prevê R$ 10 bilhões em investimentos e 50 mil novos empregos. Já a aprovação do B15 vem com a expectativa de R$ 5 bilhões em investimentos e 4 mil empregos adicionais.