Evite! Saiba por que fazer o carro automático ‘pegar no tranco’ é uma má ideia

Motoristas de carros automáticos devem evitar métodos de emergência que podem danificar a transmissão e o motor do veículo.

Os veículos com câmbio automático estão cada vez mais populares no Brasil, equipando, inclusive, versões intermediárias e de topo de hatches compactos. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre o uso adequado dessa tecnologia, especialmente porque está acostumado com a transmissão manual.

Uma questão recorrente entre motoristas é se carros automáticos podem ser “ligados no tranco”, prática comum em carros manuais quando a bateria arriada impede o acionamento do motor.

Embora possível, essa prática em automóveis automáticos não é recomendada. Colocar o seletor em “N” e, ao atingir cerca de 20 km/h, mudar para “D” ou “2” pode fazer o motor funcionar, mas essa manobra traz riscos significativos à transmissão e a outros componentes do veículo.

Portanto, se você não quer ter grandes prejuízos no futuro, é melhor não tentar fazer o carro automático funcionar usando “força bruta”.

Perigos de fazer carro automático ‘pegar no tranco’

Especialistas alertam que, mesmo quando a bateria está descarregada, “pegar no tranco” pode causar danos severos.

Um dos perigos está em acionar a posição “P” enquanto o carro está em movimento, já que a posição trava as rodas imediatamente e pode quebrar o pino que conecta o câmbio ao motor, além de danificar componentes como o sincronizador.

A correia dentada, essencial para o sincronismo das válvulas, é outro ponto de atenção. Se essa peça já estiver desgastada, o impacto de um “tranco” mais forte pode arrebentá-la, fazendo com que as válvulas parem enquanto os pistões se movimentam, elevando o risco de contatos indesejados que podem entortá-las.

Motor a diesel é ainda pior

Os riscos são ainda maiores em motores a diesel, que possuem taxas de compressão mais elevadas. O rompimento da correia ou outros danos podem exigir uma retífica completa do motor, englobando peças como pistões e bielas, resultando em reparos custosos.

Assim, os motoristas devem evitar o método de ligar no tranco em veículos automáticos para não comprometer a integridade de componentes essenciais. Embora seja possível fazer o motor funcionar dessa maneira, o risco de danos supera os benefícios.

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