Falta de chips faz Audi priorizar modelos mais caros

O setor automotivo está atualmente sob grande pressão. Ele, que estava saindo de um complicado 2020 e que esperava uma recuperação significativa em 2021, passou por um banho de água fria chamada de “semicondutores”.

Esse foi um duro golpe para os fabricantes. As empresas precisam cada vez mais de circuitos eletrônicos, sensores, câmeras e outros radares. Além disso os legisladores impõem cada vez mais equipamentos de segurança. Basta dizer que o lançamento de um novo modelo em 2021 é um sacerdócio para quem tem uma agenda lotada este ano.

“Você não quer este modelo top de linha em vez disso?”

Você já deve ter experimentado isso recentemente na concessionária. Os distribuidores às vezes ficam ociosos quando enfrentam prazos de entrega prolongados e, portanto, aproveitam a oportunidade para direcionar os clientes para modelos de última geração.

Seja em acabamento superior, ou, definitivamente, em um carro do segmento superior, mesmo que isso signifique recuar um pouco. A lógica é simples para os fabricantes: estamos com falta de semicondutores, então vamos alocar os escassos estoques que temos em carros de alta margem de lucro.

Hoje, a escassez afeta a todos, incluindo a Tesla, que até agora parecia imune. A Opel vai fechar uma fábrica até 2022, a Toyota vai cortar a produção em 40% e a Audi está começando a colocar muitas pessoas em jornada de trabalho reduzida.

A produção do A4, A5, A6 e A7 está temporariamente suspensa em Neckarsulm, enquanto em Ingolstadt o A3 e o Q2 são parcialmente mantidos. Mas há uma linha que não está diminuindo: a do R8 e do e-tron GT, feito na fábrica de Neckarsulm.

Por enquanto, a Audi está conseguindo não fechar totalmente as linhas, mas com uma escassez que dificilmente se dissipará até meados de 2022. Na melhor das hipóteses, não seria surpreendente se a montadora, como os rivais Mercedes e BMW, tivesse que fechar por um tempo.