Fim de ano amargo: gasolina alcança 2º maior valor em 15 anos no governo Lula
Brasil encerra 2024 com a gasolina mais cara em 15 anos, influenciada pela alta do dólar.
O ano de 2024 termina com a gasolina brasileira registrando um aumento significativo de preço. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o combustível atingiu o valor médio de R$ 6,15 por litro no fechamento do período.
Este é o segundo maior valor dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2021, durante a pandemia.
A elevação dos preços é atribuída a fatores externos, como a valorização do dólar, que, em dezembro, atingiu a marca histórica de R$ 6,27. Esses custos externos afetaram diretamente as distribuidoras e importadoras, refletindo nos preços aos consumidores.
Impactos do câmbio e do petróleo
O câmbio influenciou fortemente a economia em 2024, com a alta do dólar resultando em repasses de custos para os consumidores finais. As distribuidoras e importadoras sentiram o peso dessa valorização, o que impactou diretamente no preço da gasolina.
Mesmo com a Petrobras e o parque de refino nacional, o Brasil ainda depende da importação de gasolina e diesel. As expectativas futuras indicam possíveis ajustes, dependendo das variações no câmbio e no preço internacional do barril de petróleo.
Porém, o Banco Mundial prevê uma redução no preço do barril de petróleo em 2025, passando de uma média de US$ 80 em 2024 para US$ 73. No entanto, conflitos internacionais podem modificar esse cenário e elevar os preços novamente.
Gasolina, etanol e diesel
Entre os combustíveis, apenas o diesel teve uma ligeira queda de 1,62% em 2024, sendo vendido a R$ 6,06 no final do ano. Em contraste, a gasolina e o etanol apresentaram alta significativa, com aumentos de 5,85% e 14,76%, respectivamente.
| Combustível | Preço em 2023 | Preço em 2024 | Variação (%) |
|---|---|---|---|
| Gasolina | R$ 5,81 | R$ 6,15 | 5,85% |
| Etanol | R$ 2,97 | R$ 3,41 | 14,76% |
| Diesel | R$ 6,15 | R$ 6,06 | -1,62% |
O futuro dos preços dos combustíveis no Brasil dependerá de uma série de fatores, incluindo a estabilidade do câmbio e o cenário geopolítico global.
As previsões do Banco Mundial para a queda no preço do petróleo oferecem esperança, mas a situação é volátil. Conflitos internacionais podem reverter essa tendência, pressionando os preços para cima novamente.
