Fim dos botões nos carros? Chineses começam guerra a favor do digital

Das mais simples até as mais complexas, as funções dos veículos novos começam a ficar cada vez mais digitais.

O Salão de Pequim 2024 mostrou que as montadoras chinesas estão apostando no digital e abandonando os tradicionais botões nos carros. Até a porta lateral traseira do Zeekr X, SUV elétrico que pode chegar ao Brasil nos próximos meses, é aberta por meio de um sensor de toque instalado na coluna C do automóvel.

Isso sem deixar de falar no console central e na central multimídia, onde um aparato físico virou coisa do passado. É muito mais fácil dizer o que deseja em voz alta, apostando em um comando de voz, do que tentar configurar alguma coisa com um toque na tela.

Nos carros chineses mais modernos, todos os ajustes são feitos por voz ou por meio da central multimídia, que está ficando cada vez mais cheia de funções e mais gigante. O volante do Zeekr X, por exemplo, tem um botão para ativar o comando de voz, outro para acionar o menu do quadro de instrumentos e cinco para funções rápidas.

Todos os ícones são discretos e identificáveis apenas pelos símbolos gravados em suas respectivas posições. O painel ainda inclui duas tomadas USB tipo C e um acendedor de cigarros.

Comandos de voz são o futuro?

Embora pareça que estamos falando apenas de um modelo específico, esse padrão se repete na maioria dos carros das marcas chinesas, sobretudo naqueles expostos no salão. Isso mostra como as montadoras estão apostando na tecnologia de comandos de voz, reconhecimento facial e gestuais.

A ideia das asiáticas parece ser sair na frente em uma nova corrida: a dos gadgets. A estratégia é boa, principalmente sob o argumento de que o motorista não precisa tirar os olhos da via ou sair da posição de segurança (corpo todo encostado no banco e cinto afivelado) para realizar tarefas simples.

O que ainda gera dúvidas é se as tecnologias como comandos de voz, reconhecimento facial ou por gestos atingiram maturidade suficiente para impressionar os consumidores. Alguns sensores apresentados no Salão de Pequim se mostram imprecisos, e muitos sistemas ainda possuem um tempo de resposta longo demais.

Na China, a atualização praticamente anual de produtos e softwares não é nada incomum, mas não é bem assim que funciona na maioria dos países. Portanto, esse novo capítulo da corrida pode não fazer tanto sentido no momento atual em mercados como o Brasil.

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