Foi uma boa ideia? Fabricação do Cybertruck traz dor de cabeça à Tesla

Entenda os motivos da companhia ter entregue poucas unidades do modelo, mesmo após quatro anos de seu lançamento.

Após quatro anos de espera, a picape elétrica Cyberturck, da Tesla, foi entregue aos primeiros compradores no último mês de novembro. O modelo, super tecnológico, encontra alguns entraves na fabricação. O principal deles, é a carroceria revestida em aço inoxidável. Na prática, ela dificulta a fabricação do carro a ponto de a montadora admitir que vai demorar para que a picape atinja uma fabricação em massa.

Histórico

O Cybertruck teve apresentação oficial à imprensa em novembro de 2019. Apesar de todo o alvoroço causado na ocasião, a sua produção foi adiada algumas vezes. Tanto que o modelo final foi entregue a uma parcela de clientes que compraram na pré-venda apenas no mês passado.

Agora seria o momento de escalonamento da produção, contudo, a Tesla vem enfrentando problemas na lida com o aço inoxidável, principal diferencial da picape.

Problemas com o material

Vale lembrar que o aço inoxidável é naturalmente difícil de ser usado, ainda mais em grande escala. Por isso, Lars Moravy, vice-presidente de engenharia de veículos da Tesla, firmou que a montadora inventou um processo chamado “dobragem de ar”. Em outras palavras, o procedimento molda o aço por meio do uso de alta pressão do ar, sem tocar a superfície do material.

Toda essa movimentação foi necessária uma vez que o design do Cybertruck tem especificidades que não permitem nenhum tipo de angulação ou curvas, tornando o modelo ainda mais desafiador para a larga escala. Talvez por isso, no início do segundo semestre deste ano, Elon Musk, CEO da Tesla, enviou e-mail para os funcionários lembrando que o modelo era muito peculiar e, portanto, qualquer variação do que havia sido previsto seria dor de cabeça. Em outras palavras, o Cybertruck necessita de precisão em seu processo de fabricação – e nada mais.

Desafios

Apesar de ser um cenário desafiador, a Tesla nunca negou as dificuldades de produção do Cybertruck.

Prova disso, é que durante uma conferência de resultados do terceiro trimestre, Musk admitiu que a produção em massa da picape elétrica vai demorar muito para ser realidade – e mais ainda para gerar lucro.

Por fim, ele também afirmou a necessidade de um “trabalho imenso” para se alcançar os resultados esperados em fluxo de produção e de caixa positivo.

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