Ford quer instalar ‘dedo-duro’ em carros para controlar velocidade
Novo sistema criado pela montadora reporta veículos que ultrapassam velocidade permitida por autoridades.
O Brasil é o terceiro país com mais mortes em decorrência de acidentes de trânsito, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das principais causas dessas fatalidades é o excesso de velocidade, que aumenta significativamente as chances de óbito para os envolvidos.
Para tentar lidar com esse problema, a Ford entrou com o pedido de patente de um sistema que detecta violações de excesso de velocidade.
O documento protocolado no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) mostra que o recurso é um conjunto de câmeras que reporta a infração às autoridades.
Como funciona o ‘dedo-duro’ de velocidade da Ford?
Foto: Shutterstock
A montadora quer permitir que seus veículos monitorem a velocidade uns dos outros, promovendo um trânsito mais seguro e com menos acidentes. Basicamente, o veículo equipado com o sistema será o “dedo-duro” que avisará os órgãos competentes sobre a violação.
Quando o equipamento detectar um carro próximo trafegando acima da velocidade permitida na via, ele ativará suas câmeras a bordo para capturar uma imagem do transgressor. Essas informações poderão ser enviadas às autoridades policiais ou unidades de monitoramento na estrada, facilitando a aplicação das penalidades previstas em lei.
Além de dados sobre a velocidade e fotos do veículo, o sistema também encaminhará dados de localização de GPS para facilitar o trabalho. Segundo a Ford, os veículos de vigilância permitiriam às autoridades identificar violações muito mais rapidamente e evitar perseguições.
No requerimento da patente, a marca diz que carros autônomos também podem receber o recurso que detecta excesso de velocidade. Contudo, como não haveria nenhum agente presente no local para testemunhar a infração de trânsito, a nova tecnologia pode encontrar empecilhos jurídicos em sua implantação.
Os radares de velocidade modernos são utilizados na fiscalização dos limites de velocidade, mas só emitem multas a partir da placa do veículo, uma vez que são incapazes de confirmar a identidade do motorista. Com a novidade da Ford, isso pode mudar.