Freio a disco nas 4 rodas e tambor na traseira: qual a diferença entre eles?
Esquema de freios instalado em cada modelo é escolhido pelas montadoras após uma análise de custos detalhada.
O esquema de freios dos carros pode variar conforme o modelo e a montadora. Existem dois tipos de sistemas principais: discos nas quatro rodas ou discos apenas na dianteira e tambores na traseira. Cada um possui características diferentes, mas existe um modelo que é mais eficiente.
No passado, os veículos também podiam ser equipados com tambores nas quatro rodas, mas hoje esse conjunto é considerado ineficiente e ultrapassado.
A implementação dos freios a disco teve início entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1950. Desde então, a separação entre os automóveis que receberão o esquema de disco integral e os que serão equipados apenas com tambores na traseira é feita com base no preço.
Carros como Fiat Mobi e Renault Kwid, que estão entre os mais baratos do Brasil na atualidade, utilizam discos somente na dianteira. A explicação é justamente o custo, uma vez que essas peças são mais caras. Além disso, os tambores na traseira são suficientes para modelos como os dois mencionados, que são menores, mais leves e carregam pouco peso.
Considerando que o deslocamento de peso durante a frenagem sobrecarrega os freios do eixo dianteiro com maior intensidade, eles fazem a maior parte do esforço para parar o veículo.
Diferenças entre os dois tipos
Seja qual for o tamanho ou o peso do automóvel, os freios a disco nas quatro rodas sempre serão mais eficazes do que o sistema com tambor na traseira. A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) estima que o sistema reduz a distância de parada do carro em até 15%.
Em outras palavras, os discos fazem o carro parar em uma distância menor. Além disso, seu acionamento ocorre de forma mais linear, sem o travamento das rodas no fim do curso do pedal do freio, quando o motorista pisa no pedal com toda a força.
Outra vantagem dos freios a disco é sua capacidade de recuperação quando molhados, muito mais acelerada do que no tambor. A última característica que faz o primeiro esquema ser superior é o potencial de dissipar o calor rapidamente, sendo mais fácil de manter resfriado, o que evita a perda de eficiência por estar muito quente.