General Motors enfrenta ação de R$ 2,5 bilhões por falhas de segurança no antigo Onix
MPF processa GM por fabricar Chevrolet Onix sem proteção lateral, exigindo recall e indenização bilionária.
Em uma nova reviravolta no setor automobilístico, a General Motors do Brasil enfrenta uma ação judicial de grande repercussão. O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça requerendo uma indenização de impressionantes R$ 2,5 bilhões.
A acusação principal gira em torno da ausência de proteção contra impactos laterais em unidades do Chevrolet Onix, produzidas entre 2012 e 2018.
O processo, que tramita na 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, visa não apenas compensar financeiramente os danos, mas também solicita um recall abrangente dos veículos afetados. A medida pretende corrigir as falhas de segurança sem custos para os proprietários.
A gravidade da situação levou o MPF a pleitear um julgamento antecipado, sem a necessidade de novas provas ou audiências.
Detalhes da ação judicial contra a GM
O Ministério Público fundamenta sua ação em relatos de veículos inadequados, que teriam contribuído para acidentes graves. A indenização proposta abrange R$ 100 mil para familiares de vítimas fatais e R$ 50 mil para consumidores que sofreram danos.
O montante restante visa reparar o dano moral coletivo sofrido pelos proprietários, valor que considera o lucro da GM com as vendas do Onix.
Entre 2012 e 2018, quase 1 milhão de unidades do Onix foram comercializadas, gerando um faturamento anual de R$ 8,3 bilhões. A base da indenização de R$ 2,5 bilhões é calculada em 5% do ganho bruto total, que soma R$ 49,8 bilhões no período.
Posição da General Motors
Apesar da gravidade das acusações, a GM declara que o Chevrolet Onix atende a todas as regulamentações brasileiras em vigor no momento de sua produção, “incluindo todas as normas e regulamentações veiculares em vigor”.
A empresa, no entanto, optou por não comentar sobre processos judiciais em andamento, reforçando sua confiança na conformidade do veículo com as normas técnicas exigidas.
Esta situação levanta questões sobre padrões de segurança veicular no país e o impacto potencial na reputação da GM. O desfecho do caso pode trazer implicações significativas para a indústria automotiva e para os consumidores brasileiros.