Hyundai Creta: qual peça do carro virou mira em nova onda de furtos?
Componente do SUV entra no foco dos ladrões porque é fácil de remover e possui alto custo de reposição.
A PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2021 mostra que foram registradas 564 mil ocorrências de roubos e furtos de veículos no Brasil naquele ano, englobando carros e motos. Nos últimos anos, a sensação geral é que esse número só tem aumentado.
O novo alvo dos criminosos para ganhar dinheiro rápido e fácil são os donos de Hyundai Creta da antiga geração, automóvel que tem uma peça bem valiosa para os ladrões. A mais recente onda de furtos no modelo tem como foco as molduras das colunas dianteiras do carro.
A peça é fácil de remover e cara para repor, já que o par passa de R$ 600 e uma única unidade chega a custar R$ 400 na internet.
Embora o carro não tenha seu desempenho comprometido pela falta da peça, sua remoção afeta a estética do Creta e facilita o acúmulo de água e detritos nas canaletas das portas. Além disso, outros condutores correm o risco de comprar um componente roubado sem nem mesmo saber.
Solução inusitada
Para se proteger, os donos do SUV da Hyundai encontraram uma solução bastante improvisada: fixar a peça com cola de para-brisa (P.U), o que dificulta sua remoção. Caso contrário, o criminoso precisaria de apenas alguns segundos e de pouco esforço para desencaixar o componente.
Vale lembrar que mesmo a estratégia de colar pode não ser suficiente para impedir os bandidos, especialmente quando o motorista não realiza a limpeza correta do local antes da aplicação ou deixa de utilizar a quantidade de produto necessária.
A Hyundai ainda não se posicionou oficialmente sobre os crimes envolvendo a moldura do Creta.
Outros alvos de bandidos
Não é apenas a peça do SUV japonês que está na mira dos bandidos, mas também outros modelos, como o Volkswagen Nivus. Neste caso, o objeto de desejo é o emblema frontal, embutido no radar do controle de cruzeiro adaptativo (ACC) do SUV.
A substituição da peça chegou a custar mais de R$ 15 mil, mas a montadora decidiu comercializar o componente a preço de custo aos concessionários para reduzir o problema.
Também vale citar outros modelos que possuem símbolos bastante visados, como a estrela de metal da Mercedes-Benz e o “mascote” da Rolls Royce. Tudo isso sem mencionar os faróis e lanternas de carros da Porsche, que também se tornaram febre da criminalidade.