Misturar aditivo concentrado e aditivo pronto no radiador: pode ou não pode?

Especialistas falam sobre a prática de misturar produtos automotivos com tecnologia ou marca diferentes.

Na pressa do dia a dia, muitos motoristas não prestam atenção em detalhes como o tipo de aditivo que colocam no radiador. Por isso, muita gente acaba misturando produtos concentrados com outros que já vêm prontos, o que pode causar resultados indesejados.

Via de regra, misturar componentes de tecnologia ou marcas diferentes não é uma prática recomendada pelos especialistas, considerando que as formulações variam e levam quantidades diferentes de cada substância, mesmo que a composição seja a mesma. Isso pode causar, por exemplo, a perda da eficiência do aditivo.

No caso específico de juntar um aditivo concentrado com outro pronto, não há problema quando eles são do mesmo fabricante e usam tecnologia semelhante, afirma o coordenador técnico da Paraflu do Brasil.

“Por exemplo, em nossa linha temos o Paraflu Bio Orgânico, que está disponível na versão Concentrado e na versão Pronto para Uso. Nesse caso, trata-se de uma formulação idêntica, mas o primeiro precisa ser diluído em água desmineralizada, enquanto o outro já está na concentração correta e deve ser aplicado diretamente”, explica o especialista.

Não use água comum

A atenção que o motorista deve ter é garantir que o aditivo concentrado será diluído em água desmineralizada na mesma proporção do produto pronto. O manual do proprietário da maioria dos veículos aconselha o uso do líquido destilado ou desmineralizado para não danificar o motor.

Outro tipo de água que não seja esses dois pode promover a oxidação dos metais, o que causa o entupimento de tubulações, dutos internos e da bomba de água com o passar do tempo, além de reduzir a temperatura de ebulição. Isso acontece porque a água comum (de torneira, rio ou até mineral) forma resíduos indesejáveis, como calcário.

Vale lembrar que nunca se deve abrir o reservatório do carro com o motor ainda quente, pois o líquido e os gases aquecidos e sob pressão podem provocar queimaduras graves na pele.

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