Motociclistas driblam sensor para tentar enganam radar de velocidade
Imagem divulgada nas redes sociais mostra motociclista usando truque para tentar enganar o radar de medição de velocidade.
Não é segredo para ninguém que os motoristas brasileiros estão sempre criando truques e artifícios para escapar da fiscalização de trânsito. Nos últimos dias, circulou nas redes sociais a imagem de um motociclista tentando burlar um radar de velocidade utilizando uma tática que também “bombou” na internet.
A foto mostra um suposto auto de infração por excesso de velocidade e descreve uma manobra popular entre os pilotos de veículos de duas rodas, que consiste em desviar dos laços do sensor. Antes de mais nada, é importante destacar que pode se tratar de uma montagem.
A infração teria ocorrido no dia 23 de abril, quando o motorista passou a 62 km/h em uma área da BR-282, em Santa Catarina, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.
A publicação reúne mais de 500 comentários e milhares de reações de pessoas querendo saber se o truque para burlar a fiscalização realmente funciona. O próprio suposto infrator questiona: “Alguém explica! Como a câmera fotografou se passei fora do sensor?”.
Radar fixo do tipo laço
Para a tristeza das autoridades, a estratégia tem sido usada com certo sucesso. Segundo especialistas, alguns condutores conseguem burlar a fiscalização do radar mesmo estando acima do limite permitido.
Os equipamentos desse tipo calculam o tempo de passagem do veículo por meio de dois sensores marcados no asfalto, parecidos com retângulos. Como a distância entre eles é conhecida, é só calcular o tempo gasto para descobrir a velocidade.
Assim que o sistema identifica que o condutor ultrapassou a velocidade permitida, a câmera é acionada instantaneamente. O radar é tão preciso que consegue até diferenciar um carro ou moto de um caminhão, permitindo a aferição da velocidade para cada tipo de veículo.
Normalmente, há um pequeno intervalo entre uma faixa e outra. O motociclista pode ir para o cantinho entre uma e outra ou até para o acostamento para fugir, o que só piora a sua segurança. “Ele passou entre uma faixa e outra achando que estava fugindo da fiscalização”, informa Eduardo França, da Polícia Rodoviária Federal.
O especialista explica que essa é uma tecnologia específica dos radares fixos que não existe nos portáteis. No entanto, ele destaca que já existem aparelhos mais modernos, como os móveis do tipo portátil ou estático de tripé, que não permitem esse tipo de estratégia porque dispensam marcações no asfalto.