Motoristas descobrem que desativar o start-stop em engarrafamentos pode trazer economia
Tecnologia promete economia de combustível, mas tem limitações, especialmente em trânsito lento e intenso.
O sistema start-stop surge como uma solução inovadora para reduzir o consumo de combustível e as emissões, sobretudo em tempos de busca por eficiência energética. A tecnologia desliga o motor quando o veículo está parado, garantindo menor impacto ambiental e economia no bolso.
Contudo, apesar de benéfica, algumas situações específicas podem transformar essa vantagem em desvantagem.
Especialistas alertam que, em engarrafamentos longos, desativar o start-stop pode ser mais vantajoso. O constante desligamento e religamento do motor pode sobrecarregar a bateria e o motor de arranque, além de comprometer o conforto térmico no interior do veículo.
Funcionamento do sistema start-stop
O start-stop depende de sensores e componentes melhorados, como baterias AGM ou EFB, capazes de suportar múltiplos ciclos de carga e descarga.
Em condições normais, a economia de combustível pode chegar a 3-10%, conforme testes da SAE e da indústria, com ganhos ainda maiores em ciclos urbanos com alto tempo de inatividade.
Os componentes do sistema, apesar de mais resistentes, ainda possuem vida útil limitada. Em situações de tráfego intenso, o desgaste pode ser acelerado.
A recomendação é desativar o sistema em engarrafamentos longos ou sob condições climáticas extremas, onde o ar condicionado é mais necessário.
Quando desativar o start-stop
- Engarrafamentos prolongados com frequente parada e retomada.
- Climas extremos, onde o uso intenso do ar condicionado ou aquecedor é essencial.
- Carregamento elétrico pesado, como no caso de reboques.
- Sintomas de bateria fraca, como arranque lento ou mensagens de indisponibilidade do sistema.
Vantagens do start-stop em situações comuns
Em outras situações, como no trânsito urbano com semáforos regulares, o sistema continua vantajoso. Ele proporciona economia de combustível e redução de emissões, sobretudo em veículos modernos, que otimizam automaticamente o uso do sistema.
Embora os componentes do start-stop, como baterias AGM/EFB, possam ser caros para substituir, a economia anual pode justificar o investimento. Por exemplo, em um SUV que gasta US$ 2.000 (R$ 11,1 mil) em combustível por ano, a economia pode variar entre US$ 60 e US$ 100.
Portanto, o uso do start-stop deve ser estratégico. Manter o sistema ativo durante condições normais maximiza sua eficácia, mas em engarrafamentos severos, desativá-lo pode ser a decisão mais sábia. Um simples botão pode garantir que a tecnologia trabalhe a seu favor.