Motoristas podem receber 2 vezes mais multas com este novo radar

Intuito é evitar que motoristas irresponsáveis saiam ilesos de práticas abusivas.

A fiscalização de trânsito utiliza a tecnologia para medir a velocidade, como os radares, usados para analisar o tempo que um veículo leva para passar de um ponto do sensor a outro. Todavia, muitas pessoas utilizam técnicas para burlar essa medição, na tentativa de dar o famoso “migué” ao aumentar a velocidade fora dos laços indutivos.

Contudo, esse tipo de trapaça será impossível após a instalação de uma nova forma de fiscalização que está sendo adotada no país, o radar do tipo doppler. Apesar de nova no âmbito das fiscalizações de trânsito, essa tecnologia já é utilizada há anos em outros setores.

Como funciona o novo radar doppler?

O princípio de funcionamento do doppler ocorre da seguinte forma: o aparelho emite ondas eletromagnéticas contínuas. Elas, então, são rebatidas pelos veículos, que mudam de frequência.

É nessa diferença, seja de aumento ou diminuição de frequência, que o dispositivo mede a velocidade por meio de laços virtuais. Atualmente, os radares normais utilizam laços físicos. Além disso, o doppler possibilita identificar a velocidade a longas distâncias, entre 100 metros antes ou depois do aparelho.

Resumindo: motoristas cujo hábito é reduzir a velocidade quando estão perto de um radar e acelerar logo em seguida podem ser multados a partir de agora. Com o laço virtual, a cobertura atinge quatro faixas, sem espaço para que alguém desvie delas.

Vale dizer que o nome do radar é uma homenagem a Christian Andreas Doppler, físico austríaco que, no século XIX, descobriu o efeito.

Foto: Reprodução

Radar doppler: o novo terror dos motoristas imprudentes

Além de medir o excesso de velocidade permitida, o aparelho também aponta se o veículo está parado na faixa de travessia de pedestres, se o motorista anda na contramão, se ele fizer conversão proibida ou se avançar o sinal vermelho. Outra infração que o aparelho detecta é o uso do celular enquanto dirige.

Um dos pontos positivos a respeito da instalação deste mecanismo está na vantagem de não precisar destruir o pavimento para sua instalação, muito menos gerar a obstrução do trânsito em caso de manutenção. O doppler é não intrusivo.

Ao todo, já são 731 equipamentos sendo monitorados em 24 dos 27 estados do Brasil. Na capital, São Paulo, por exemplo, há sete deles em ação. O intuito é aumentar cada vez mais sua abrangência, evitando que motoristas irresponsáveis saiam ilesos de práticas abusivas.

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