Muito tropical! Brasil inova com biocombustível a partir de resíduos de coco

Resíduos de coco têm potencial para transformar o cenário dos biocombustíveis no Brasil, impulsionando a economia e reduzindo o impacto ambiental.

O Brasil, conhecido por sua vasta produção de coco, está prestes a dar um passo revolucionário no campo dos biocombustíveis. Pesquisadores têm investido na transformação dos resíduos dessa fruta em etanol de segunda geração.

Essa inovação não promete apenas soluções sustentáveis, como também gera valor econômico para o país. Com aproximadamente 190 mil hectares dedicados ao cultivo dessa planta, o Brasil colhe 2 bilhões de cocos anualmente.

Este volume significativo é acompanhado por uma quantidade expressiva de resíduos. A ideia é aproveitar esse material como uma fonte alternativa de energia.

Transformação de resíduos em energia

Foto: Unsplash

As cidades costeiras enfrentam desafios no manejo dos resíduos de coco, geralmente destinados a aterros, o que representa gastos elevados.

A tecnologia desenvolvida pela UFES, que utiliza o método de hidrólise, oferece uma solução prática e ambientalmente amigável.

A viabilidade da produção foi tecnicamente comprovada, com patente registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Avanços no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP)

Em Aracaju (SE), o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) também se dedica a esse projeto inovador. Pesquisadores destacam a importância do projeto, que visa converter 190 toneladas semanais de resíduos em biocombustível, utilizando o método de pirólise.

A iniciativa, apoiada pela Petrogal Brasil, visa concluir um estudo sobre viabilidade econômica até 2026. O apoio da Embrapa no fornecimento de coco é essencial para experimentar diferentes variedades da fruta, determinando parâmetros para conversão energética.

Este processo envolve a trituração, secagem e, em seguida, a transformação das fibras em bio-óleo, biocarvão e biogás.

Perspectivas futuras e impacto econômico

O futuro dos biocombustíveis no Brasil é promissor. Este projeto não apenas contribui para a redução de resíduos sólidos, mas também para a capacitação profissional em transição energética.

Ao final, vale destacar que o esperado é que, até 2026, estudos e práticas estejam prontos para implementação em escala industrial, trazendo benefícios econômicos e ambientais significativos.

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