Não calibrou o pneu direito? Você pode enfrentar estes 6 riscos nas ruas

Além de colocar em risco a vida dos ocupantes, não calibrar os pneus reduz a vida útil dos componentes em até 45%.

Calibrar os pneus do carro não é exatamente uma tarefa agradável, mas evita muitos prejuízos e riscos ao motorista. Dados da fabricante Continental revelam que deixar calibrar os pneus do carro no intervalo recomendado pela montadora pode elevar o consumo de combustível em 4% e reduzir a vida útil dos componentes em até 45%.

Colocando em números, o dono de um Chevrolet Onix que não realiza a calibragem no tempo correto desembolsa cerca de R$ 10 a mais por mês por puro descuido. O cálculo considera um modelo com motor 1.4 e câmbio automático abastecido com etanol.

Para além dos prejuízos no bolso, o desleixo com a pressão dos pneus coloca em risco a segurança do veículo e de seus ocupantes. O ideal é calibrar toda semana, seguindo a pressão indicada pela montadora, recomenda Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental.

Ricos de um pneu descalibrado

1. Danos por impacto

O especialista explica sobre o aumento da sensibilidade de um componente sem a pressão ideal. “Com pressão baixa os pneus ficam mais sensíveis a danos na lateral por impacto, como queda em buraco, choque contra o meio fio, entre outros, o que faz aquela bolha na lateral do pneu”, detalha. Se a bolha estourar, esqueça seu pneu.

2. Detalonamento

A falta de calibragem correta pode levar o veículo ao detalonamento, situação em que o pneu desencaixa da roda. Outros fatores devem contribuir para isso ocorrer, como, por exemplo, o carro estar com excesso de peso e fazer uma curva fechada.

3. Aquaplanagem

Os pneus são essenciais para a dinâmica do carro, por isso, qualquer mudança na pressão interfere no comportamento do carro. Um pneu muito murcho tem uma área de contato maior com o solo, empurrando a água para frente em um local molhado, situação que favorece a aquaplanagem.

4. Perda de estabilidade no eixo traseiro

Falhas na calibragem sobrecarregam todo tipo de carroceria, mas as picapes sofrem mais em caso de pressão acima do recomendado. “Como o pneu fica rígido, ele tende a quicar mais, trazendo instabilidade ao eixo traseiro por causa desse excesso”, explica Astolfi.

Esse processo pode ocasionar na perda de controle em picapes médias, que normalmente possuem tração traseira ou temporária.

5. Queda de performance de frenagem

Outro risco de colocar pressão em excesso nos pneus é reduzir demais a área de contato do componente com o solo. Como a lateral do item carrega boa parte da carga do carro, isso pode fazer com que o automóvel precise de mais espaço de frenagem.

6. Capotamento

Esse é um risco específico para SUVs, que possuem um centro de gravidade mais alto do que sedãs e hatches. Por ter mais peso concentrado na parte inferior, esse tipo de veículo é mais propenso a capotamentos, sobretudo se a calibragem estiver incorreta, já que usar o pneu murcho pode fazê-lo “segurar” demais no chão.

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