Não deixe para comprar em 2024: preço dos carros elétricos vai subir em janeiro

Retorno do imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos deve elevar os preços dos modelos eletrificados.

O motorista que planeja comprar um carro elétrico ou híbrido precisa correr para fechar o negócio antes do fim do ano. O governo federal anunciou que o imposto de importação voltará a incidir integralmente sobre veículos eletrificados a partir de janeiro de 2024.

O retorno da cobrança para modelos que estão isentos ou com tributação reduzida desde 2015 pode provocar uma alta generalizada nos preços do segmento, já que o aumento deve ser repassado ao consumidor final. Por isso, quem tem planos de adquirir um carro a bateria não pode perder tempo.

A previsão dos especialistas é que os modelos ficarão entre 7% e 35% mais caros até 2026, considerando o repasse integral da nova alíquota ao cliente. No entanto, as montadoras podem absorver parte do gasto extra para reduzir o impacto no bolso dos consumidores.

Outros tributos influenciam no preço do automóvel, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), cobrados quando o bem é produzido no Brasil.

Novas alíquotas do imposto

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) anunciou o retorno da cobrança no dia 23 de novembro. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o objetivo é auxiliar o desenvolvimento da cadeia automotiva nacional e contribuir com a neoindustrialização do país.

Desde 2015, os carros elétricos estão totalmente isentos do imposto de importação, enquanto os híbridos recolhem até 4%. As novas alíquotas serão aplicadas de maneira gradual até julho de 2026, quando chegarão a 35%.

Para caminhões e outros veículos elétricos de carga, o processo ocorrerá mais rápido e a alíquota de 35% será implementada já em julho de 2024. Segundo o governo, a retomada acelerada acontece porque já existe produção nacional suficiente na categoria.

Cotas até 2026

A resolução do governo também prevê cotas para importação de veículos com as alíquotas antigas para reduzir o impacto da decisão.

As empresas poderão importar US$ 130 milhões em híbridos leves, US$ 226 milhões em híbridos plug-in, US$ 283 milhões em elétricos puros e US$ 20 milhões em caminhões elétricos com imposto menor ou zerado até julho de 2024. As cotas continuam valendo de forma decrescente até julho de 2026.

A JOTA Brasil estima uma desaceleração no mercado de eletrificados com nova a decisão do governo. A alta nas vendas de carros elétricos foi de 30,06% entre 2022 e outubro de 2023, mas esse aumento deve ficar em torno de 7,5% a 9% até 2030.

você pode gostar também