Não detone seu câmbio automático: 5 erros comuns que acabam com a transmissão
Carros com transmissão automática demandam cuidados que muitos motoristas ignoram, gerando prejuízos.
Considerado revolucionário na época de seu lançamento, o câmbio automático se popularizou na indústria automotiva e a cada dia ganha mais espaço no Brasil. Hoje, é difícil encontrar um carro zero-quilômetro que não tenha ao menos uma versão com transmissão automática.
O sucesso vem da comodidade que a tecnologia garante à direção, sem mencionar o conforto de não precisar pegar no câmbio com tanta frequência. Porém, ele também exige alguns cuidados.
5 hábitos que detonam o câmbio automático
É bastante comum que mesmo os motoristas mais acostumados com a caixa automática cometam erros que podem prejudicar e reduzir a vida útil do câmbio. A seguir, separamos alguns hábitos que o condutor deve perder se não quiser detonar a transmissão do carro.
1. Não trocar o óleo do câmbio
O intervalo de manutenção do câmbio automático é bem menor do que o da transmissão manual, mas ele ainda existe. Além de trocar o fluido dentro do prazo indicado no manual do modelo, o motorista deve ficar sempre atento à lubrificação para identificar possíveis vazamentos e outros problemas.
2. Usar o modo ‘P’ ou ‘R’ com carro em movimento
Na pressa, algumas pessoas selecionam o modo “R” (ré) com o carro ainda andando para a frente, ou o “P” (estacionamento) antes de sua parada total. Segundo Cláudio Castro, engenheiro da SAE Brasil, isso danifica os componentes do câmbio com o tempo.
“O risco é maior em câmbios mais antigos, cujas posições são acionadas mecanicamente. Modelos mais recentes são equipados com um controle eletrônico que impede acionar a ré ou a posição de estacionamento com o veículo ainda em movimento”, diz.
3. ‘Segurar’ o carro na subida com acelerador
Dosar os pedais da embreagem e do acelerador para “segurar” o veículo em um aclive é outro erro terrível de qualquer condutor. A prática pode desgastar bastante o pedal, além de ser desnecessária, já que o carro automático consegue se manter em um aclive sem precisar disso.
O engenheiro da SAE Brasil explica que basta manter o pé no freio quando o veículo estiver parado. “Usar a marcha lenta ou a aceleração para ‘segurar’ o carro esquenta o óleo da transmissão e aumenta o consumo de combustível sem necessidade”, explica.
4. Fazer o motor ‘pegar no tranco’
Na teoria, é possível fazer um carro automático “pegar no tranco”, mas, na prática, é bem difícil. Isso ocorre porque o sistema de injeção de combustível do carro demanda eletricidade para funcionar. Um dos principais riscos, diz Franieck, é o de romper a correia dentada.
“Mesmo que você consiga colocar a transmissão em ‘N’ para movimentar o veículo e selecionar a posição ‘D’ em seguida, não recomendo tentar”, completa o ex-presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Edson Orikassa.
5. Deixar no neutro ao parar no semáforo
Selecionar o ponto morto ao parar no semáforo é desnecessário, uma vez que essa configuração é usada apenas em situações de manutenção nos carros automáticos. Ao parar, o motorista deve selecionar a posição “D” e colocar o pé no pedal do freio.
Mantenha na posição “D” com o pé no freio, pois isso mantém o sistema hidráulico pressurizado e os componentes lubrificados. A lubrificação de muitas transmissões automáticas depende da respectiva conexão com as rodas, ensina Castro.