Novas regras do VA e VR devem reduzir custos com alimentação, estima iFood

Decreto do governo limita taxas, acelera repasses e exige interoperabilidade.

O vale-refeição e o vale-alimentação acabam de passar por uma das maiores reformulações desde a criação do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que estabelece um teto de 3,6% para taxas cobradas de estabelecimentos e limita em 2% a tarifa de intercâmbio.

O texto também impõe prazo máximo de 15 dias para o repasse dos valores e proíbe práticas consideradas abusivas pelo governo.

A medida promete aliviar custos e aumentar a competitividade no setor. Segundo o iFood, o novo modelo deve tornar a alimentação dos trabalhadores mais acessível, ao mesmo tempo em que incentiva empresas a aderirem ao PAT.

O ajuste busca modernizar o sistema e torná-lo mais justo tanto para quem paga quanto para quem recebe.

Um dos pontos mais aguardados é a interoperabilidade das bandeiras, que deve ser implantada em até 360 dias. Isso significa que o cartão de benefício passará a funcionar em qualquer maquininha, independentemente da operadora.

A mudança, vista como um marco na democratização do uso dos vales, tende a ampliar significativamente a rede de aceitação em todo o país.

O que muda para restaurantes e mercados

Os tetos de 3,6% para a taxa aos estabelecimentos e de 2% para a intercâmbio aliviam os custos de aceitação do benefício. Além disso, o repasse em 15 dias melhora o fluxo de caixa e reduz risco financeiro. Por fim, a proibição de práticas abusivas impõe disciplina competitiva.

O limite de cobranças aproxima os benefícios das regras aplicadas aos cartões de crédito e débito, o que reduz distorções entre meios de pagamento. Dessa forma, bares, mercados e restaurantes ganham previsibilidade de margens.

Já os trabalhadores tendem a encontrar preços mais competitivos no consumo diário.

Prazo de repasse e integridade comercial

Com a liquidação em até 15 dias, os estabelecimentos planejam estoques e capital de giro com mais precisão. Além disso, a vedação a condutas abusivas coíbe amarras contratuais que restringiam a aceitação dos cartões.

Acesso do trabalhador e interoperabilidade

Em até 360 dias, as bandeiras terão de operar de forma interoperável, e o cartão passará a funcionar em qualquer maquininha. Assim, o beneficiário usará o vale em padarias, restaurantes a quilo, lanchonetes e mercadinhos do bairro.

O decreto institui regime de operação aberto para grandes arranjos e obriga interoperabilidade às empresas de benefícios menores. Com isso, a aceitação de vale-refeição e vale-alimentação deve crescer substancialmente.

Segundo o iFood, essa abertura amplia opções e melhora a concorrência no ecossistema.

Movimentos do iFood

O iFood ressalta que o redesenho regulatório fortalece o propósito do PAT: garantir alimentação de qualidade a preço acessível ao trabalhador. A empresa, por meio do iFood Benefícios, opera VR e VA e enxerga um mercado mais justo e aberto, com reflexos positivos para toda a economia.

Enquanto adapta o braço de benefícios, a companhia reporta alta demanda e inovação. Segundo dados divulgados, a plataforma recebe mais de 122 mil pedidos diários por sushis, sashimis e temakis.

O iFood e Uber oferecem até R$ 500 a entregadores cadastrados. Já uma parceria com a Prosus lançou um modelo de IA que elevou em 66% a conversão de vendas.

As novas regras criam um ambiente mais competitivo e previsível para estabelecimentos e emissores. Assim, o trabalhador encontra mais pontos de aceitação e preços potencialmente menores, enquanto o varejo alimentício ganha fôlego operacional.

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