O que é melhor em 2024: financiar carro novo ou contratar por assinatura?
Diferentes modalidades são recomendáveis para cada tipo de consumidor, mas vale a pena conhecer as possibilidades.
Quem pensa em comprar um carro novo certamente já se deparou com a seguinte dúvida: é melhor financiar ou contratar uma assinatura de veículo? A pergunta é bem pertinente, especialmente em um mercado onde os preços e condições estão em constante mudança.
Existe uma série de fatores que influenciam essa decisão e vão desde questões financeiras até a preferência de cada comprador. Entretanto, em geral, o que vai decidir entre as duas modalidades é realmente o lado financeiro.
Se você está nessa encruzilhada e quer saber se opta pelo financiamento ou aposta em um carro por assinatura, é interessante conhecer todas as variáveis dessa equação.
Financiar ou assinar um carro: o que compensa mais?
Imagem: NTshutterth/Shutterstock
Não faz sentido para o comprador que tem recursos para adquirir um carro à vista ficar indeciso entre financiamento e assinatura; portanto, essa é uma dúvida de quem não tem como fazer a compra direta do produto.
Dito isso, o primeiro ponto a ser observado é o tempo de uso do veículo, ou seja, o intervalo em que o motorista pretende trocar o carro. Se a resposta for um, dois ou até três anos, a assinatura é uma opção vantajosa.
A modalidade também vale a pena para quem utiliza muito o veículo, a partir de 500 quilômetros por mês, especialmente para reduzir os custos que teria com a manutenção de um carro próprio. Não se preocupar com revisões é, inclusive, o grande atrativo da assinatura.
Por outro lado, quem procura um automóvel para chamar de seu por mais tempo e/ou não utiliza o produto com tanta frequência deve considerar mais o financiamento.
Vale citar ainda a revenda, uma preocupação que existe apenas para quem financia o carro, já que a assinatura oferece a praticidade de apenas entregar o modelo à loja.
Por outro lado, o proprietário tem o retorno do investimento financeiro feito e pode usar o valor da venda como quiser, inclusive para dar entrada em outro veículo.
“É preciso pesar se interessa ao consumidor, lá na frente, ter esse carro e revendê-lo. Ele vai ter a volta do dinheiro financiado. Na assinatura, não há retorno algum neste sentido”, ressalta Antonio Jorge Martins, professor dos MBAs da FGV-RJ.
Na ponta do lápis…
Os especialistas recomendam que o comprador faça as contas antes de escolher uma das modalidades. No financiamento, é essencial somar os gastos da assinatura (incluindo juros e taxas), despesas com seguro, documentação, impostos e manutenção.
Em relação à assinatura, o principal fato que o cliente deve ter em mente é que o dinheiro investido mensalmente não terá retorno.
Também vale se atentar ao contrato para verificar quais responsabilidades cabem a ele, já que muitos acordos não incluem cobertura de defeitos por mau uso.
“A maioria das locadoras descreve o que está incluso e o que não está. Mas é preciso lembrar que as coberturas de seguro têm um desembolso de coparticipação, por exemplo. Outro detalhe bem importante está relacionado aos pagamentos: dias de cobrança, o que ocorre em caso de atrasos etc.”, completa Stefano Mazzaferro, da Kovi, startup de carros por assinatura.