Troca de óleo por tempo de uso é mesmo um mito? Cuidado para não se dar mal!

Estudo divulgado pelo laboratório norte-americano Blackstone diz que o tempo de vida do óleo não determina o momento da troca.

A maioria dos motoristas sabe que o momento certo para trocar o óleo do motor é após o carro atingir determinada quilometragem ou ao final de um certo intervalo de tempo, o que ocorrer primeiro. Porém, um estudo recente descobriu que a substituição por tempo de uso não deve ser um critério.

A pesquisa do laboratório norte-americano Blackstone, sediado no estado de Indiana, verificou que substituir o lubrificante baseado apenas no tempo de uso pode ser desnecessário. A avaliação foi feita a partir de testes com diversos tipos de óleos, como aqueles com vários anos de fabricação que ficaram armazenados em seus recipientes originais.

Também foram analisados produtos que permaneceram em motores por longos períodos, inclusive após terem atingido a quilometragem indicada para a troca.

Troca de óleo baseada no tempo é um mito?

A conclusão dos pesquisadores contraria as orientações tradicionais de fabricantes de lubrificantes e também das montadoras, já que revela que os fluidos mantêm suas propriedades mesmo após anos de fabricação. Em outras palavras, o tempo não importa tanto assim para a substituição do óleo.

Os testes indicaram que a única razão para determinar a troca do produto é a quilometragem, uma vez que a utilização do veículo consome as propriedades do fluido ao longo do tempo. Um veículo que rodou 2 mil km e ultrapassou o prazo de troca poderia, segundo a pesquisa, continuar rodando tranquilamente até atingir os 5 mil km ou 10 mil km, que costuma ser o limite recomendado pelas montadoras.

A exceção vale para veículos de reboque, como caminhões, ou que operam em marcha lenta, como caminhões-betoneira. Nesses casos, o motorista deve respeitar a regra de quilometragem ou tempo, o que ocorrer primeiro.

Será que não tem problema mesmo?

Apesar das conclusões do estudo, os próprios pesquisadores apontaram que lubrificantes mais velhos possuem um teor maior de silício e ferro, o que indica que ainda sofrem desgaste, mesmo que de forma mais lenta. Além disso, também é preciso considerar que veículos de diferentes categorias têm demandas diversas, sobretudo aqueles que exigem rotações elevadas para entregar torque.

Portanto, a dica é não esticar demais a troca de óleo para evitar o desgaste excessivo dos componentes do motor. Outro ponto importante é que fugir do cronograma de manutenção pode tirar o carro da garantia, a depender das condições previstas no contrato.

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