Óleo do câmbio automático: quando trocar para evitar prejuízos?

Trocar o óleo do câmbio automático é essencial para garantir o bom funcionamento do veículo e evitar custos elevados com manutenção. Veja quando é necessário trocá-lo.

Poucos motoristas sabem, mas o óleo do câmbio automático é um dos componentes mais importantes para a saúde do veículo.

Muito além de um simples lubrificante, ele garante o bom funcionamento da transmissão, protege contra desgastes e ainda evita reparos que podem custar milhares de reais. Ignorar sua substituição é arriscar o desempenho e o bolso.

Atualmente, existem diferentes tipos de transmissão automática, como os câmbios CVT, automatizados e os convencionais sem embreagem. Independentemente do modelo, a troca do fluido é um ponto essencial de manutenção preventiva.

Óleo do câmbio automático: trocar ou não trocar?

As montadoras costumam indicar, em seus manuais, que o fluido da transmissão automática é “de longa vida” e não exige substituição.

No entanto, oficinas especializadas e técnicos do setor automotivo alertam: na prática, o óleo se degrada com o tempo e deve, sim, ser trocado em intervalos regulares.

Muitos profissionais observam perda de eficiência do fluido entre 60 mil e 100 mil quilômetros rodados, principalmente em veículos usados em condições severas de uso. O técnico em automobilística Anderson Cesar Lira explica:

“O profissional que abre o câmbio e realiza o serviço consegue identificar claramente quando o fluido já não oferece a proteção adequada.”

Foto: iStock

Para que serve o fluido da transmissão automática?

O óleo do câmbio automático tem múltiplas funções:

  • Lubrificar os componentes internos da caixa de marchas;
  • Reduzir atrito e evitar superaquecimento;
  • Auxiliar na transferência de torque;
  • Manter a vedação e a limpeza do sistema.

Com o tempo, no entanto, o fluido perde viscosidade e propriedades essenciais. Esse processo pode ser acelerado por altas temperaturas, tráfego intenso, excesso de peso, terrenos íngremes e até pela contaminação por água, algo comum em veículos que enfrentaram enchentes ou alagamentos.

Segundo Carlos Napoletano Neto, diretor técnico da Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática (APTTA):

“Nenhum lubrificante é eterno. Condições severas de uso aceleram a degradação do óleo e comprometem a durabilidade da transmissão.”

O mito do “fluido de longa vida”

Muitas montadoras utilizam o termo “óleo para a vida toda”, mas, de acordo com especialistas, esse conceito geralmente está limitado ao período de garantia do veículo. Após esse prazo, os custos de manutenção ficam totalmente a cargo do proprietário.

“Nenhuma máquina que depende de lubrificação consegue operar durante toda a vida útil sem troca de óleo. No câmbio automático, não é diferente”, reforça Napoletano.

Afinal, quando trocar o óleo do câmbio automático?

A recomendação mais segura é realizar a substituição do fluido entre 60 mil e 100 mil km, ou antes, caso o veículo seja utilizado em condições severas.

O ideal é seguir as orientações do manual e, paralelamente, ouvir a experiência de oficinas especializadas em câmbio automático.

Trocar o óleo da transmissão automática não é apenas uma questão de prevenção, mas sim um investimento em durabilidade, desempenho e tranquilidade no dia a dia. Afinal, cuidar do câmbio hoje pode evitar gastos muito maiores no futuro.

*Com informações CNN

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