Ônibus usam inteligência artificial para multar motoristas; entenda
Ônibus em duas cidades adotam IA para multar motoristas que invadem faixas exclusivas, melhorando o trânsito.
Cidades ao redor do mundo enfrentam desafios no trânsito devido à invasão de motoristas às faixas exclusivas para ônibus. Para solucionar esse problema, a Filadélfia, na Pensilvânia, e Los Angeles, na Califórnia, adotaram tecnologia moderna em seus transportes públicos.
Ambas as cidades passaram a usar câmeras com inteligência artificial (IA) instaladas nos ônibus para flagrar infratores, multando-os automaticamente. Essa inovação visa não só diminuir atrasos, mas também melhorar a fluidez do transporte coletivo.
Os sistemas, além de multar, coletam dados sobre as condições do tráfego, otimizando rotas e ajustando semáforos. Com isso, as cidades esperam incentivar o uso do transporte público, reduzindo o tráfego de veículos particulares.
Implementação e resultados iniciais
Na Filadélfia, a tecnologia começou a ser usada em abril de 2025. Uma parceria entre a Southeastern Pennsylvania Transportation Authority (SEPTA) e a Philadelphia Parking Authority (PPA) equipou mais de 150 ônibus e bondes.
Em apenas um mês, o número de obstruções diminuiu e a pontualidade das viagens aumentou.
Do outro lado do país, em Los Angeles, a LA Metro, em colaboração com o LADOT, emitiu 10 mil multas nos primeiros meses. Os resultados foram expressivos: a velocidade média dos ônibus aumentou em 36% e os acidentes caíram em 34%.
Expansão e impacto futuro
Metropóles como Chicago e Nova York estão experimentando a fiscalização automatizada, observando diminuições de 10% a 30% nos tempos de viagem. Nova York conseguiu diminuir atrasos em 5% ao sincronizar melhor os semáforos.
Washington e São Francisco planejam adotar a tecnologia ainda em 2025. Compartilhar dados entre cidades vizinhas para criar sistemas de transporte integrados também está nos planos futuros.
Desafios e preocupações
Apesar dos benefícios, há preocupações quanto à privacidade dos dados coletados. Para mitigar isso, as cidades limitam o armazenamento das informações a 30 dias e realizam campanhas de esclarecimento para informar a população.
A implementação dessas tecnologias promete transformar o trânsito nas grandes cidades, tornando o transporte público mais eficiente e confiável. O sucesso inicial em Filadélfia e Los Angeles pode servir de modelo para outras regiões.