Pegadinha da velocidade pode encher sua carteira de motoristas de multas no Natal
Com o aumento do fluxo nas estradas durante o Natal, atenção aos limites de velocidade é essencial para evitar multas e acidentes.
Com a chegada do fim de ano e o aumento expressivo do fluxo nas estradas brasileiras, muitos motoristas se preparam para viajar sem imaginar que podem cair em uma das “pegadinhas” mais comuns da Lei 14.440: a diferença entre pista simples e pista dupla.
A confusão parece pequena, mas pode render multas, pontos na CNH e até prejudicar a segurança da viagem de Natal. Por isso, compreender os limites de velocidade no Brasil, especialmente na ausência de placas, é essencial para quem busca uma viagem tranquila e sem sustos.
Como funciona o limite de velocidade quando não há sinalização?

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Mesmo com as atualizações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), muitos condutores ainda têm dúvidas sobre qual velocidade seguir quando entram em trechos sem placas.
A regra geral é objetiva: o limite varia conforme a engenharia da via. Veja como identificar cada tipo de rodovia e o limite correto:
1. Rodovias de pista dupla – 110 km/h
São estradas separadas por canteiro central, mureta ou guard-rail, qualquer barreira física que impede o encontro dos fluxos.
- Carros, motos e picapes: 110 km/h;
- Caminhões e ônibus: 90 km/h.
Esse limite maior é possível porque a estrutura reduz drasticamente o risco de colisões frontais.
2. Rodovias de pista simples – 100 km/h
Aqui, a divisão entre os sentidos é feita apenas pela pintura no asfalto, geralmente em faixa amarela. É o tipo de via mais comum no Brasil.
- Carros, motos e picapes: 100 km/h;
- Caminhões e ônibus: 90 km/h.
Por serem vias mais vulneráveis e com maior risco de ultrapassagens perigosas, o limite é menor.
3. Vias rurais não pavimentadas – 60 km/h
As chamadas estradas de terra ou cascalho.
- Todos os veículos: 60 km/h
*Regra de ouro
A sinalização vertical SEMPRE prevalece. Se a placa indicar 80 km/h mesmo em uma pista dupla de alto padrão, é essa velocidade que vale. A regra geral só é aplicada quando não há placa disponível.
Por que a lei mudou? O objetivo é salvar vidas
A mudança promovida pela Lei 14.440 não é aleatória: ela segue critérios de engenharia e estatísticas de acidentes.
- Pistas duplas, como a BR-101, ganharam limites maiores para melhorar o fluxo e reduzir o tempo de viagem, já que possuem estrutura mais segura.
- Pistas simples, como boa parte da BR-163, tiveram redução de limite para diminuir a diferença de velocidade entre veículos leves e pesados, uma das principais causas de colisões frontais.
Vale lembrar que os veículos pesados têm limite fixado em 90 km/h em praticamente todos os cenários. Além disso, em trechos de serra, regiões de curva fechada ou áreas com alto índice de acidentes, a fiscalização foi ampliada, um ponto essencial para evitar tombamentos e melhorar a frenagem de caminhões carregados.
O impacto na prática: segurança maior e trânsito mais fluido
Após os radares serem ajustados pelo DNIT, os primeiros dados indicam resultados positivos. Confira:
- Pistas simples, agora limitadas a 100 km/h, registraram queda nos acidentes graves.
- Vias duplicadas passaram a apresentar fluxo mais estável, com menos variações bruscas de velocidade.
Para quem vai viajar no Natal, compreender esses detalhes evita multas e, acima de tudo, torna a estrada mais segura para todos.e 100 km/h.