Perigo no volante! 5 categorias de remédios que oferecem riscos aos motoristas

Efeitos colaterais de alguns medicamentos podem interferir nas habilidades do condutor e aumentar os riscos de acidentes.

Pela primeira vez na história, a Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) divulgou uma lista de medicamentos com efeitos colaterais que podem ser perigosos quando combinados com a direção. Os remédios listados afetam a habilidade de uma pessoa dirigir e podem aumentar os riscos de acidentes.

Divulgado em fevereiro, o documento visa destacar os cuidados que o motorista deve ter ao assumir a direção de um veículo. Ele também pode servir para orientar políticas públicas relacionadas à segurança no trânsito.Os responsáveis elaboraram a diretriz com base em referências científicas e avaliações de especialistas sobre a relação entre os MPPCVA (medicamentos potencialmente prejudiciais ao condutor de veículos) e a condução.

Essa diretriz é uma contribuição estratégica que oferecemos ao médico do tráfego brasileiro e a todos os atores do sistema de trânsito e da saúde. Nosso objetivo é atualizar o conhecimento científico disponível sobre os efeitos de diversas medicações sobre o paciente e sua relação com a direção veicular”, explica Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.

Na medida em que o uso de medicamentos diversos se acentua, é nosso papel manter o especialista e as autoridades atualizadas sobre o assunto”, completa.

Medicamentos que podem interferir na segurança no trânsito

Confira os tipos de remédios que podem afetar as habilidades dos motoristas, segundo estudo da entidade:

1. Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos de primeira geração podem prejudicar o desempenho do motorista, enquanto os de segunda geração afetam negativamente a direção. Já os de terceira geração não comprometem a direção após uso único e repetido.

2. Opioides

Os analgésicos opioides provocam efeitos como sedação, redução do tempo de reação, reflexos e coordenação, déficit de atenção e miose (contração da pupila), além de diminuição da visão periférica. Por isso, aumentam em 50% o risco de acidentes que resultam em hospitalização e elevam as chances de ferimentos graves ou óbito entre condutores.

3. Relaxantes musculares

O carisoprodol também gera efeitos de sedação, raciocínio lento e falha de atenção, os quais estão atrelados ao aumento da probabilidade de acidentes de trânsito com vítimas. Já a ciclobenzaprina pode resultar em fadiga, sonolência, visão turva e confusão mental, prejudicando o desempenho na condução.

4. Antidepressivos

A grande maioria dos antidepressivos não aumenta o risco de acidentes de trânsito quando utilizados corretamente. No entanto, associados a outros medicamentos psicotrópicos, eles elevam significativamente o potencial de prejuízo. Alguns exemplos são os remédios tricíclicos, a mirtazapina e a trazodona.

5. Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos

Outro grupo de medicamentos que eleva o risco de envolvimento em acidentes são os ansiolíticos, sobretudo os benzodiazepínicos. Efeitos prejudiciais para a direção foram constatados ainda nos hipnóticos “Z”, como zolpidem.

Outros tipos de medicamentos

Confira outros remédios que aumentam os riscos ao volante:

  • Hipoglicemiantes (para os motoristas com diabetes);
  • Anticonvulsionantes;
  • Antiparkinsonianos;
  • Anfetaminas;
  • Antipsicóticos;
  • Antipsicóticos para tratamento da esquizofrenia;
  • Canabinoides.
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