Placa preta no carro é um privilégio para poucos; descubra quem pode usá-la
Desejo de muitos e realidade de poucos, placa preta é reservada para automóveis clássicos com valor histórico.
Famosa e cobiçada, a placa preta é um sinônimo de cabeças viradas em qualquer lugar por onde um carro que leva essa honraria passa. Essa espécie de troféu dos proprietários que conservam seus veículos é o sonho de muita gente, sobretudo dos entusiastas de automóveis clássicos.
Receber a placa diferenciada é o reconhecimento por anos de cuidado com o veículo, que a partir daquele ponto passa a ser considerado um item de coleção. Contudo, para desfrutar desse benefício, o bem precisa atender a alguns requisitos importantes e passar por avaliações cuidadosas.
Placa preta: critérios para recebê-la
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A principal regra para que um automóvel tenha seu valor histórico reconhecido e receba a placa preta é ter mais de 30 anos e, no mínimo, 80% de originalidade. Esse percentual não considera apenas motor, suspensão e equipamentos, mas também carroceria, estética, tecnologia da época e até ruídos originais.
Cabe mencionar que o modelo pode ter passado por algum tipo de alteração ao longo dos anos, mas ela não deve interferir diretamente na mecânica, na carroceria, na suspensão ou na estética.
O proprietário que tem um automóvel clássico e deseja obter o reconhecimento precisa filiar-se a um clube de autos antigos credenciado pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). O processo envolve o pagamento de uma taxa e o agendamento de uma inspeção, além de alguns clubes de antigomobilismo cobrarem anuidade e/ou taxas dos associados.
Na avaliação por uma entidade credenciada, a chamada análise de originalidade, o carro recebe uma pontuação de até 100 pontos, na qual é preciso atingir ao menos 80 para conseguir a certificação.
Caso seja aprovado, o proprietário recebe o Certificado de Veículo de Coleção (CVCOL), comprovante com validade de até cinco anos, que é essencial para atualizar o documento da categoria “Passageiro” (PAS/Automóvel) para “Coleção” (COL/Automóvel) junto ao Detran.
O último passo é pagar a taxa de registro do novo CRV e a taxa de lacração da placa preta. É importante que o veículo não possua débitos em aberto, como IPVA e DPVAT, para facilitar o processo.